O envelhecimento populacional já é uma realidade, e os impactos desta nova ordem demográfica são imensos, demandando desafios e soluções. Em meados do século XX, grandes mudanças começaram a ocorrer no perfil da população brasileira. Dentre elas, ressaltamos a diminuição da mortalidade, a queda das taxas de fecundidade, associada às melhores expectativas de vida, e aos avanços tecnológicos nas áreas da medicina sanitarista. Fatores estes, que juntos, resultaram numa grande quantidade de idosos e uma significativa redução de crianças e jovens. Segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil atualmente possui 20,6 milhões de idosos. E a expectativa é que, em 2060, o país tenha 58,4 milhões de pessoas idosas. Sendo notório que esse fenômeno já se encontra hodiernamente acentuado e tendencioso a atenuar se ainda mais, gerando grande preocupação na sobrecarga que os sistemas público de saúde e previdência social poderão sofrer se não houver um planejamento eficaz. Outro fator preocupante refere-se à necessidade de maior atenção a essa classe em situação de vulnerabilidade, tendo em vista que a pessoa idosa vem sendo abandonada, estigmatizada e esquecida, onde a família, muitas vezes, o rejeita ou lhe suprime a autonomia. Logo, o idoso não é visto ou aceito pela sociedade como alguém producente. Destarte é cabível citar Pitágoras “ Eduquem as crianças e não será necessário castigar os homens”. Partindo dessa premissa é indubitável que a educação deve ser instrumento de conscientização e mudança de comportamento, através das instituições de ensino, na realização de palestras e debates com o objetivo em conscientizar o atual jovem como futuro idoso. Ademais é premente o planejamento de medidas interventivas, a curto e longo prazo, das políticas públicas sociais, nas áreas da saúde, previdência social, cultura e lazer, cujo principal objetivo seja garantir que os direitos sejam atendidos. Só assim será possível reconhecer e valorizar a pessoa senil e sua importância na sociedade.