Enviada em: 19/07/2019

“Envelhecer, qualquer animal é capaz. Desenvolver-se a prerrogativa dos seres humanos. Somente uns poucos reivindicam esse direito”. A frase, do filósofo indiano Osho, exprime a ideia de que desenvolver habilidade e funções com o corpo social é inerente ao ser humano sendo que em alguns casos é necessário fazer um pequeno esforço para possuir esse direito. Analisando esse conceito atrelado à contemporaneidade, nota-se que quando se refere aos impactos do envelhecimento da população brasileira, é necessário analisar os fatores que causam esse problema como as taxas de fecundidade que diminuem vertiginosamente e a expectativa de vida que aumenta rapidamente, esses dois problemas são as grandes forças motrizes dessa problemática.  Sob esse viés, é possível inferir que o aumento da população idosa vem ocorrendo de forma gradativa desde o início do século XXI com a implementação do saneamento básico e o avanço da medicina no tratamento ou na amenização de algumas doenças crônicas como diabetes e hipertensão, que trazem certa melhoria na vida da pessoa idosa e evita mortes que poderiam ser prevenidas. Ademais, outro contexto a ser analisado é a futura diminuição da força de trabalho que diariamente torna clara a sua eminente chegada, uma vez que jovens recém graduados e com boas qualificações encontram certa dificuldade em se inserir no mercado de trabalho, dessa forma, é visível um futuro com muitos idosos que precisarão de certa disponibilidade de serviços e não terão e muitos serviços deixaram de existir devido a sua baixa procura.  Dessa maneira, outro contexto a ser debatido é a forma de envelhecimento da população que se encontra na faixa de transição entre o adulto e o idoso, uma vez que o bem-estar da pessoa idosa está alicerçado na tríade do desenvolvimento humano como a organização do núcleo familiar que não disponibiliza a atenção e a devida relevância, a saúde pública que é deficitária a todos e a o amparo social que deixa de cumprir seu papel de forma eficiente com a chegada da Reforma da Previdência, muitos idosos não possuem essas necessidades tornando o processo de envelhecimento penoso. Segundo dados disponibilizados e projeções feitas pelo Instituto de Geografia e Estatística no ano de 2018, a população brasileira possuía cerca de 30 milhões de idosos e até o ano de 2042 esse número dobraria, é possível analisar que os recursos para atender essa parcela da população já são dificultosos e que com o passar do tempo não apresentam expectativa nenhuma de melhoria. Portanto, o Ministério da Fazenda deve distribuir melhor a renda da Previdência Social para que aumente o poder aquisitivo dos idosos com o objetivo de proporcionar melhores atendimentos a saúde, alimentação de qualidade e moradia para que eles possam ter toda e qualquer autonomia em suas vidas.