É possível afirmar que, felizmente, a decisão por adoção tem aumentado no Brasil. No entanto, os lentos trâmites judiciais e o perfil exigido pelos futuros pais adotivos, faz com que meninos e meninas demorem a encontrar uma família. O autor Jorge Amado em sua obra Capitães de Areia, retrata a difícil luta dos menores abandonados. A dificuldade enfrentada por essas crianças pode ser amenizada através da adoção. Entretanto, a lentidão para as crianças entrarem no cadastro de adoção os torna invisíveis, lotando os abrigos e fazendo com que as crianças demorem estar aptas à adoção. Vale a pena ressaltar que, a adoção tardia também é prejudicial para o bom funcionamento do sistema. O número de pais procurando crianças para adotarem ultrapassa a quantidade para serem adotados nos abrigos, mas, a maior parte das famílias procuram bebês, brancos e sem deficiência, dessa forma apenas uma pequena parte dos menores se encaixam nos perfis procurados e o restante continua até inteirar dezoito anos. Diante da realidade exposta, é essencial a promoção de campanhas por ONG's e palestras, que possam conscientizar os futuros pais adotivos sobra a importância de oferecer uma família e um lar para cada criança fim de mobilizar as práticas de adoção tardia.