Enviada em: 15/02/2019

A princípio, o Estatuto da Criança e do Adolescente, afirma que toda criança e adolescente têm direito ao convívio familiar e comunitário, portanto viabiliza o acolhimento de crianças em estado de abandono ou violência e possibilitam oportunidades de uma nova família que garantam seus direitos, destinando-as aos processos adotivos. Contudo, esse processo falha ao encarar a realidade brasileira que inclui mais de 8 mil crianças e jovens em lares acolhedores. Por conseguinte, é preciso avaliar os desafios no processo de adoção no Brasil.       Em primeira análise, cabe ressaltar a história de Steven Jobs, criador da Apple, que sofreu um processo de adoção complicado, pois seus pais adotivos, anteriormente, almejavam uma garota. De forma análoga, essa situação é pertinente no território brasileiro, visto que o Conselho Nacional da Justiça constata que a fila de pretendentes para adotar é maior que o número de crianças destinadas à adoção. Isso ocorre em razão de as crianças não estarem nos padrões definidos entre os casais, normalmente são preferidas brancas de olhos azuis, meninas, menores de 2 anos e sem deficiências. Tal esteriótipo exclui dos padrões preconceituosos da sociedade a maioria das crianças, que estão à procura de um lar e uma família que os ame.        Outra questão mal desenvolvida, é o processo de estimulação à adoção no Brasil. Muitos casais que tentam ter filhos durante muito tempo, não se questionam sobre adotar, por falta de entusiasmo, pois criou-se na sociedade, um pensamento de que as crianças que estão em lares acolhedores sofrem de transtornos e problemas psicológicos. Porém, é preciso desmistificar essa ideia, visto que sendo adotada ou gerada, todas elas tem algo em comum, a ingenuidade e um grande coração. Como exemplo de família, tem-se os atores Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank que adotaram Titi  e afirmam estarem mais felizes do que nunca. Portanto, é preciso corroborar para mudar o pensamento  dos brasileiro sobre adoção no Brasil.        Desse modo, cabe destacar o pensamento do filósofo pré socrático que diz, "Nada é permanente, salvo a mudança". Diante de tal máxima, torna-se necessário a mudança nas estatísticas sobre o processo adotivo, portanto, compete ao Estado junto ao Ministério da Educação promover valores e ensino, além do conhecimento, formulando palestras para firmar a empatia e findar com o preconceito. É preciso, também, que ONGs sejam criadas para estimular o processo adotivo no Brasil, levando pais que tentam ter filhos e não conseguem à visitar casas acolhedoras de crianças e também, dando todo o apoio e informações necessárias neste processo.