Enviada em: 19/02/2019

Na série "The Fosters" é abordado o processo adotivo nos Estados Unidos em que a adoção, não apenas de crianças, mas também de adolescentes, é comum. No entanto, no Brasil, a demasiada procura por bebês e crianças se torna um problema, visto que os adolescentes são abandonados por não serem interessantes para quem irá adotar. Além disso, há também a cautela referente a adoção para casais homoafetivos, o que é impede que mais adolescentes tenham uma família. Diante disso, é importante analisar as causas das problemáticas e suas consequências.   Primeiramente, pesquisas feitas por estudantes de pedagogia da UPE (Universidade de Pernambuco) mostram que a formação do caráter das crianças tem uma grande influência das pessoas ao seu redor e do ambiente. Assim, a procura pela adoção desse grupo é mais provável do que a de adolescentes, que já estão mais evoluídos e formados. Com isso, pesquisas da Correia Brazilian indicam que cerca de 0,16% dos adultos, que querem adotar, têm interesse em adolescentes. Ou seja, a expectativa de encontrar um lar e família para jovens é baixa, pois os responsáveis querem fazer parte do desenvolvimento do apadrinhado. Por consequência, os adolescentes permanecem nos abrigos até atingirem a maioridade, em que são liberados para seguir suas vidas sozinhos, sem um apoio familiar.   Ademais, o governo de Michel temer trouxe novidades para o processo adotivo, o que inclui a possibilidade de indivíduos solteiros adotarem alguém. Todavia, o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) não explicíta nas regras de adoção uma alternativa para os casais homoafetivos. Dessa forma, sem a existência de uma lei, a decisão de permitir ou não fica aberta aos juízes. Desse modo, de acordo com a colunista Francisca Dulcieline da Jus BR, o que deve ser considerado é o amor entre país e filhos, uma vez que não há pesquisas que comprovem que o desenvolvimento de crianças com casais homossexuais sejam prejudiciais, mas ainda há a resistência. Como resultado, o preconceito velado desse grupo diminui as chances de mais crianças e adolescentes terem seus direitos à moradia digna e formação garantidos.   Torna-se evidente, portanto, a necessidade de uma maior atenção da população para os adolescentes que não conseguem ser adotados. Para melhorar isso, o Eca deve criar campanhas, nos locais em que há orfanatos, para criar um contanto com os adolescente e pessoas interessadas em adoção, possibilitando também saídas dos abrigos, para que possam ser criados vínculos. Para que isso ocorra, o Poder Executivo e Legislativo deve liberar verbas para que as campanhas sejam organizadas com materiais e profissionais de assistência social que irão dar um auxilio aos indivíduos interessados. Com a iniciativa, aumentará a chance dos adolescentes serem queridos e terem uma família e lar.