Enviada em: 30/03/2019

A adoção, na sua esfera social e afetiva, é uma ferramenta eficaz na reinserção de crianças e adolescentes ao convívio familiar anteriormente negado. Entretanto, existem impasses que dificultam o processo e que fazem com que muitos órfãos fiquem anos na espera por acolhimento, como a faixa etária e a própria execução do procedimento, que é lento.       Em primeira análise, de acordo com a revista Carta Capital, o número de pais cadastrados é cinco vezes maior que a disponibilidade de crianças nos abrigos. Em contrapartida, essa realidade não condiz com a situação vivenciada pelos menores em virtude da faixa etária. Como resultado, crianças de nove anos ou mais são rejeitadas pelas famílias e a busca por bebês de até três anos é crescente, uma vez que a adaptação é mais prática e existe uma idealização da adoção, que não foge dos parâmetros.       Ademais, o processo adotivo enfrenta outro obstáculo que é a forma lenta com que ocorre a execução, que pode levar até três anos após a manifestação de interesse da família, fato noticiado pelo R7.com. Por conseguinte, muitos pais desistem em virtude da expectativa por não saberem a idade com que a criança chegará ao lar e por serem obrigados a continuar adiando o sonho de ter um filho, frustrando os candidatos e o próprio jovem.       Em síntese, a prática da adoção é de extrema importância para quem cresceu sem família e para quem deseja construir uma, ato que enfrenta muitos impasses. Portanto, cabe aos próprios abrigos criarem cursos e reuniões preparatórias, com psicólogos e terapeutas, que incentive a aceitação de diferentes faixas etárias, atuando em toda a vivência entre pais e filhos. Além disso, o Legislativo pode criar métodos que agilizem os processos adotivos, por meio de acompanhamento profissionais constante mesmo após a efetivação da adoção, a fim de minimizar os obstácyuls.