Enviada em: 24/04/2019

Atualmente, no Brasil, há mais pessoas querendo adotar, do que crianças e adolescentes que estão em abrigos públicos, esperando por uma família. A diferença chega á ser 12 vezes maior, de acordo com o Cadastro Nacional de Adoção. Isso mostra há existência de grandes impasses no processo de adoção brasileira, o que resulta no sofrimento dos adotivos e dos adotantes.    As dificuldades na realização da adoção ocorrem devido a grande quantitade de processos em relação a quantidade de especialistas nessas ações. No setor judiciário, há poucas varas específicas para área da infância; assim como há poucos técnicos, psicólogos e assistentes sociais, necessários para o desenvolvimento do processo. Sendo assim, os prazos não são alcançados, apresentando um aumento considerável na espera.         Assim, a maioria dos futuros pais ficam na fila, muitas vezes por anos, para conseguir adotar um ou mais filhos. O que acaba sendo extremamente cansativo e decepcionante para todos os envolvidos. Muitas crianças e adolescentes poderiam ter um lar fixo e conviver com pessoas que os desejam, os educariam e os protegeriam; mas devido às estrutura jurídica precária brasileira eles não podem.    Portanto, é de suma importância a mobilização do Ministério da Justiça, por meio de investimentos em contratações de técnicos especializados em processos adotivos, para o seu próprio setor; além, da criação de novas varas específicas para a área de infância. Desse modo, alta demanda de processos se equilibraria com a quantidade de entidades necessárias para que a adoção possa ser completada no período delimitado. O que resultaria no andamento da fila e finalmente no encontro de pais e filhos.