Enviada em: 23/04/2019

Desde 2014, existe um site chamado "Adoção tardia, cujo o intuito e "dar voz" a crianças e adolescentes, promovendo campanhas para incentivar pessoas a adoção. Apesar de projetos como esse, o País precisa avançar em relação ao assunto, trabalhando contra barreiras existentes a muitos anos, tal como altas exigências por parte dos adotantes juntamente com a falta de agentes capacitados para atender a demanda de pessoas interessadas na adoção.   A princípio, o maior impasse para a diminuição da fila de espera do acolhimento de crianças e jovens, são as particularidades exigidas quanto a cor da pele, idade e se é necessário a adoção de irmãos, atualmente no Brasil, 90 a cada 100 crianças possuem 7 anos ou mais, e somente 5 a cada 100 pessoas pretendem aceitar crianças acima dessa idade, deixando claro a incompatibilidade entre o número de crianças aptas para a adoção e a quantidade de interessados que são 5,5 vezes maior.     Além disso, falta profissionais preparados para orientar os futuros pais, de acordo com o Conselho Nacional de Justiça, existe 43,6 mil cadastros de famílias interessadas, isso mostra a necessidade de acompanhamento aprofundado antes e após a adoção, visto que todo o processo demanda cautela, informação e incentivo por parte dos agentes envolvidos. Ademais os futuros adotados precisam de apoio psicológico devido possíveis traumas e sentimentos de abandono no passado, que por vezes atrapalham na nova adaptação familiar.       Infere-se, portanto, que é imprescindível a mitigação dos desafios no processo de adoção no Brasil. Para que isso ocorra, o Governo através das Mídias Sociais deve realizar campanhas mostrando a vida dos jovens e o acolhimento deles por outras famílias, com o objetivo de incentivar outras pessoas ao processo de adoção tardia. Além disso, o Estatuto da Criança e do Adolescente precisa oferecer cursos especializados para profissionais envolvidos em todo o processo, a fim de diminuir a fila entre pais e futuros filhos.