Enviada em: 25/04/2019

Em 1988,a Constituição Federal reconheceu a adoção como uma medida protetiva à crianças e adolescentes cujo objetivo era priorizar o bem-estar destas e dar oportunidades de desenvolvimento social e psicológico. No entanto,sempre houve impasses a serem questionados em relação ao processo de adoção.  Certamente,é de conhecimento de todos saber que adotar uma criança faz parte de um processo burocrático e que nem todas as famílias são aptas a ganhar a guarda do jovem escolhido. Afundo da burocracia,é indubitável não falar sobre como a Justiça brasileira deixa dúvidas em aberto em relação à perfilhação. A pergunta que muitas pessoas se fazem é: por que o processo é tão lento e ineficiente?   Segundo o Cadastro Nacional de Adoção,um dos fatores que colaboram para o atraso no processo de adoção,é a exigência da própria família em relação ao jovem a ser adotado. Essas,optam por apenas uma criança que não tenha irmãos e preferem uma criança branca com idade mínima de 0 a 5 anos de idade. Outro fator responsável pela lentidão deste decurso é a lentidão da Justiça em relação à análise de processos técnicos como situações socioeconômicas (analisar se a família tem a possibilidade de dar condições boas para o jovem) e psicoemocionais da família (para ver se o ambiente familiar é uma boa opção)  Diante das razões debatidas,abre-se um espaço,também, para a discussão sobre quais são as pessoas que mais adotam crianças e adolescentes no Brasil. De acordo com dados estatísticos do IBGE,de 2010,a maioria dos adotados vão para lares homoafetivos, o que corresponde a 53,8%. Estes,em grande maioria,não possuem nenhum tipo de preferência para adotar e conseguem,muitas vezes,dar mais amor e atenção à criança do que uma família tradicional.Em uma pesquisa feita em 2015,prova que a adoção por casais homoafetivos cresceu em 34%.  A fim de propor uma solução para diminuir a alta burocracia recorrente neste processo,cabe ao Estado priorizar o melhor interesse da criança e adolescente e buscar a eficácia do instituto da adoção,visto que com a grande demora,muitas crianças/adolescentes não poderão mais ir para um lar pois o tempo de espera foi tão grande que o indivíduo já passou da idade proposta pelos interessados.