Enviada em: 01/05/2019

O processo de adoção de crianças no Brasil é problemático e caracterizado pela lentidão. Além disso, há outro impasse que dificulta o apadrinhamento: a diferença entre o perfil das crianças disponíveis e o desejado pelos  adultos interessados em adotar.    Esse processo é mais lento do que deveria graças à falta de estrutura do judiciário. Tal órgão, responsável pela parte legal do processo, não tem funcionários (juízes, assistentes sociais e psicólogos) o suficiente. Assim, a burocracia necessária para garantir uma adoção bem sucedida se torna um fardo, os processos se acumulam e os prazos vencem antes da conclusão dos autos.    Somado a isso, há as preferências dos possíveis adotantes, que não coincidem com a condição da maior parte das crianças disponíveis. Segundo dados do site da Uol, enquanto 78% dos pretendentes preferem crianças de até 5 anos, apenas 27% delas se encaixam nesse perfil. Também há preferência por crianças sem irmãos (aproximadamente 66%, sendo que cerca de 66% desses jovens tem irmãos, de acordo com o Correio Brasiliense), entre outros.    Diante dessa realidade, conclui-se que serão necessárias no mínimo duas intervenções. A primeira sendo a contratação de novos funcionários públicos no judiciário. Isso deve ocorrer através de um concurso público (organizada pela instância estadual, responsável pelo sistema de adoção) e tem como objetivo agilizar a tramitação dos processos de filiação legal.    A segunda intervenção visa aumentar o perfil desejado pelos pretendentes à adoção, o que aumenta, obviamente, a quantidade de crianças adotadas. Essa ação se dará por meio de propagandas e palestras organizadas por grupos de apoio a adoção (ONGs) ou pelo governo federal (ministério da família, mulher e direitos humanos).