Enviada em: 05/05/2019

De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, é direito de toda criança ter família e habitação adequada. No entanto, os impasses no processo de adoção no Brasil vão de encontro a essa ideia. Isso ocorre em virtude da falta de tempo da maior parte das pessoas para com suas responsabilidades. Soma-se à discussão a má distribuição de orfanatos pelo país, dificultando seu acesso.     Em primeiro lugar,é preciso criar um paralelo histórico para explicar a falta de tempo dos cidadãos. Ora, desde as Revoluções Industriais, processos através dos quais a urbanização aumentou, e as indústrias se modernizaram, a  maior parte dos brasileiros vive muito atarefada, visto que precisam estudar, trabalhar e cuidar de seus domicílios para se manter numa sociedade tão desenvolvida. Consequentemente, cuidar de crianças torna-se mais difícil, já que o tempo das pessoas no dia a dia está cada vez mais curto. O próprio IBGE comprova essa colocação, uma vez que, em ambientes altamente urbanizados, as chances de os habitantes terem filhos são muito menores em relação aos rurais, segundo o instituto, o que reduz as chances de adoção infantil.     Em segundo lugar, outro impasse na adoção de crianças é a má distribuição de orfanatos pelo Brasil. A maior parte das instituições está no Sul e Sudeste do país, o que torna mais difícil para os cidadãos terem conhecimento da presença de órfãos nesses estabelecimentos. Por isso, é preciso haver uma descentralização, ou seja, distribuição adequada de orfanatos pelo país, sobretudo Norte e Nordeste, onde a quantidade de crianças sem pais é maior, segundo o IBGE.     Portanto, os impasses da adoção brasileira discutidos foram a falta de tempo de muitas pessoas e a má distribuição de orfanatos. Cabem ao Estatuto da Criança e do Adolescente investimentos em incentivo à adoção de crianças através de salários fixos, para que sua criação seja adequada, algo que pode ser feito através de comprovação de carência financeira da família adotiva, pois poderão ter mais tempo para a vida pessoal a partir de uma rotina menos corrida de trabalho. Ademais, o Governo deve construir mais orfanatos em regiões como o Nordeste e Norte. Assim, os brasileiros terão mais chances de adotar e farão isso de forma acessível.