Promulgada pela ONU, em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos garante a todos os indivíduos o direito à saúde, educação, segurança, transporte e ao bem-estar social. Conquanto, alguns impasses no processo de adoção no Brasil impossibilitam que uma boa parte da população desfrute desses direitos universais na prática. Nessa perspectiva, esses desafios devem ser superados de imediato para que uma sociedade integrada seja alcançada. Primeiramente, a educação é o fator principal no desenvolvimento de um país. Hodiernamente, ocupa a nona posição na economia mundial, seria racional acreditar que o Brasil possui um sistema público de ensino eficiente. Contudo, a realidade é justamente o oposto e o resultado desse contraste é claramente refletido na estrutura familiar. Segundo a Constituição, filhos adotivos e de sangue não fazem distinção. Diante do exposto, a adoção vem a calhar, pois é desumano que a criança cresça sem a presença de uma família, ambientes como este são fundamentais para o desenvolvimento do ser humano nas suas faculdades mentais. Faz-se mister, ainda, salientar a preferência de crianças sem irmãos como impulsionador da não adoção de muitas crianças. De acordo com Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, a falta de solidez nas relações sociais, políticas e econômicas é a característica da “modernidade líquida” vivida no século XXI. Diante de tal contexto, dados do site Correio Braziliense, crianças e adolescentes com irmãos acima de 15 anos passam a juventude quase inteira em abrigos públicos, isso por causa de quem for adotar, preferirem uma única criança e para não separar os irmãos ou irem além de suas condições, acabam não adotando estes e escolhem os mais novos e únicos. Portanto, fica evidente a necessidade de medidas para reverter a situação. O Estado deve investir em programas que incentivem as pessoas a adotarem as crianças que tenham irmãos por meio de auxílios financeiros, já que esta é uma grande barreira na maior das ocasiões, através de veículos midiáticos, exponham a problemática. Dessa forma, será possível garantir uma adoção abrangente que, de fato, integra indivíduos e promoverá a plena construção de conhecimentos familiares. Só então seremos uma sociedade que promoverá a igualdade de direitos.