Enviada em: 27/06/2019

O processo adotivo no Brasil é regulamentado desde o século XX. No entanto, sabe-se que este consiste na aceitação e criação de um vínculo afetivo com uma criança e adolescente, tornando-o parte da família. Nesse viés, são muitos os impasses da realidade brasileira, que afetam diretamente no procedimento da adoção, Dessa forma, são necessárias mudanças interventivas para esta problemática.       Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a adoção deve priorizar as necessidades e garantir o direito à convivência familiar dos menores. Todavia, sabe-se que muitas famílias estão na fila de espera por um filho, e muitas permanecem por muitos anos em razão do dificultoso processo adotivo. Este, é rigoroso e lento, tendo exigências complexas que o fazem ser um método não eficiente, por isso, alguns pais decidem adotar crianças estrangeiras, como o casal de atores Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank, que adotaram uma menina africana. Portanto, indubitavelmente é possível compreender porque muitos desabrigados passam suas vidas nos orfanatos.        Além disso, a exigência das famílias em relação ao perfil das crianças configura-se também como um grande impasse.. Sabe-se que muitas pessoas são interessadas em adotar, porém, de acordo com o Conselho Nacional de Adoção, entre os 40 mil interessados, mais de 60% não querem adotar os que já tenham irmãos. Como também, de acordo com o Conselho Nacional de Justiça, apenas 5 em cada 100 pretendentes aceitam crianças com mais de 7 anos. Logo, inquestionavelmente são necessárias mudanças sociais para erradicar o estereotipo de adoção de crianças com até certa idade, e na regulamentação do processo.        Segundo Aline Pacheco, ‘’adotar uma criança é dar a luz a uma esperança ‘’, portanto, em virtude dos fatos mencionados, cabe ao governo, sede do poder central, junto ao Estatuto da Criança e do Adolescente, desenvolver novos programas sociais e regulamentais a fim de viabilizar o processo de adoção no Brasil. Estes, devem ser elaborados através de mudanças nas leis adotivas, diminuindo as exigências e burocracias do procedimento, e realizando acompanhamentos, por parte das assistentes sociais e psicólogas, para ter conhecimento e fiscalizar a familiarização entre os envolvidos. Além disso, deve-se espalhar campanhas nas mídias comunicativas, como televisão, redes sociais e rádios, com a finalidade de promover a adoção de crianças mais velhas, desenraizando o estereotipo de adoção criado pela sociedade. Assim, será possível extinguir os impasses para o acolhimento de crianças e jovens brasileiros.