Enviada em: 07/07/2019

Para Max Weber, a burocracia é fundamental para o funcionamento coeso e eficiente de qualquer atividade que seja feita. Contudo, nem sempre ocorre dessa maneira, vemos isso no caso da adoção, no qual a burocratização acaba se tornando um empecilho para que esse processo ocorra, em consonância a este, vemos a preferencia dos adotantes com crianças especificas. E estes dois fatores são os maiores impasses para o processo de adoção no Brasil.     De início, vale ressaltar que apesar de existirem muitas famílias no processo de adoção, o perfil das crianças, que a maioria destes buscam, são crianças com quatro anos ou menos. Além disso, segundo site senado.gov.br, apenas 4,1% das crianças na adoção se encaixam nesse perfil, e segundo o mesmo, apenas 33,8% estão dispostos a adotar jovens com idade avançado, o que mostra que muitas crianças que não se encaixam nesse perfil dificilmente serão adotadas.     Outrossim, outro fator contribui para dificultar este processo, são as várias etapas do CNJ (conselho nacional de justiça) para avaliar se os cadastrados estão aptos a acolher crianças, ademais, além de muitas etapas, grande parte delas passam por um longo período de espera até a chegada do resultado. Além do atraso que para muitos já é motivo de desistência, crianças que estavam na idade predileta para os adotantes, acabam ficando mais velhas nesse período de espera, que pode durar até mesmo mais de um ano, e consequentemente faz os interessados escolher outra criança.    Por fim, para que a questão da adoção seja resolvida, cabe ao Estado desburocratizar este processo, e cabe a mídia criar companhas que incentivem o acolhimento de jovens em idade avançada. Para que o número de crianças e adolescentes sem família possa diminuir, e que estes encontrem um lar, e não se tornem moradores de rua. E finalmente, haja um conscientização maior por parte dos cidadãos, sobre a importância de acolher, ajudar e dar o devido respeito as próximas gerações.