Enviada em: 26/08/2019

O processo adotivo no Brasil cada vez mais vem se tornando um desafio.  De acordo com o Conselho Nacional de Justiça, existem cerca de 5.500 crianças para a adoção e 30 mil famílias na lista de espera do Cadastro Nacional de Adoção. Nesse cenário, é necessário entender o por que tantas crianças ainda continuam sem um lar, se há tantas famílias dispostas a acolhe-las.     Em primeiro plano, é importante salientar que o processo adotivo no Brasil já passou por diversas conquistas, mas ainda enfrenta muitos desafios. Desafios esses muitas vezes provenientes do racismo e preconceito com crianças que possuem doenças mentais, visando que, os pais adotivos em sua maioria, buscam pelo filho perfeito. Nesse contexto, é possível observar que no Brasil, a discriminação principalmente pela cor de pele, ainda está em grande evidência.        Ademais, é notório que a preferência por crianças é um dos problemas que atrasa e dificulta a adoção. Segundo dados da Universidade de Brasília, a maioria dos adotantes procuram por crianças que tenham uma fisionomia predeterminada (branca, olhos azuis e sem nenhuma anomalia). Nesse viés, por conta desse pensamento, várias crianças acabam sendo ignoradas por não atenderem às características convenientes aos adotantes.        Portanto, medidas são necessárias para amenizar essa problemática. O Ministério da Justiça deve, por meio do Congresso Nacional, desburocratizar a legislação de adoção, com o intuito de dar facilidade aos que quiserem adotar. Também é necessário que o Governo Federal incentive a adoção por meio de campanhas, para que assim, centenas de crianças e jovens ganhem um novo lar.