Enviada em: 20/08/2019

Adoção: um gesto de amor   Em se tratando dos "impasses no processo de adoção no Brasil", faz-se uma comparação com o filme: "Um sonho possível", que retrata justamente esta questão. A obra fala sobre um jovem que passe por inúmeras dificuldades, tanto dentro, quanto fora de casa. Por conseguinte, esse foge e é encontrado por uma mulher que com o decorrer dos fatos decide adotá-lo, porém há problemáticas que os cercam, tornando o processo difícil. Além disso, no Brasil, há outras questões relacionadas a tal assunto, no caso, há preferência pela adoção de determinadas raças, idades dentre outros aspectos, e também existem impasses de acordo com os novos conceitos de famílias no Brasil atual.   Concomitantemente, em relação ao tipo de escolha de adoção, por vezes, o perfil não está de acordo com os critérios selecionados, e isso acaba dificultando o processo de adoção, por ter uma demanda maior de preferência por crianças pardas ou brancas, ou que independente da raça tenham idades abaixo do período da adolescência. Para os que desejam adotar deve haver a desmistificação de que a criança e o adolescente são como se fossem bonecos, muito pelo contrário é necessário que essas ilusões de que tem que ser bebê ou ter determinada cor não façam com que esse adotado seja diferente como ser humano, do que o outro que tem apenas características físicas distintas, porém precisam de amor e serem vistos com olhares que os confortam.   Todavia, de acordo com a questão do "conceito de família", independente de serem casais heterossexuais, homossexuais, pessoas viúvas ou solteiras, esses tem que ter pelo menos dezoito anos de idade para realizar a adoção, contudo, também precisam ter uma diferença de idade do adotado, de no mínimo dezesseis anos. Haja vista, é preciso que tenham não só pessoas com a vontade de adotar, mas que além de tudo podem proporcionar conforto para essas crianças e adolescentes, incluindo, frequentar a escola, ter seu tempo de lazer, e uma das principais questões é a do ambiente dar e receber muito afeto e carinho.   Recai, portanto, as mídias sociais e televisivas, que podem intervir com a criação de campanhas que sejam à favor das adoções, explicando a importância da questão, problematizando-a para que em um futuro próximo deixem de existir tantas crianças e adolescentes precisando de um lar não só para residir, mas também para receber demonstração de afeto, que na maioria dos casos os adotados não tinham esse "privilégio". Entretanto, precisa-se também do auxílio do Poder Legislativo, que pode e deve atualizar as leis já existentes de acordo com a corrente situação do país relacionadas aos novos conceitos de famílias e outras questões. Outrossim, tornar-se-à exequível reverter a problemática.