Enviada em: 21/08/2019

A adoção no Brasil já é um realidade garantida pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) como também citada pela Constituição Federal de 1988. Esta, além de ser um ato de amor, colabora para a diminuição de diversos problemas sociais, entre eles, a marginalização e abandono social de jovens. Entretanto, ela passa por alguns impasses que dificultam tal processo e que faz com que os dados que revelam que o número de pessoas que pretendem adotar é maior que o número de órfãos disponíveis para adoção sejam realidade.       Estudada por diversos sociólogos, as teorias demográficas estão presentes presentes em nossa realidade e sendo tangíveis no contexto para entender o fenômeno numérico citado. Deste modo, o também economista, Karl Marx disserta em suas teorias que quanto maiores são as desigualdades sociais/econômicas, por conseguinte, maior será a falta de estrutura preparo familiar. Estando assim em concordância com os dados do ECA que relevam que a maior parte de crianças em abrigos são de origem pobre, não tiveram ou demoraram ter contato educacional e que, por estes motivos estendidos aos pais biológicos, possuem outros irmãos na mesma situação.       Infelizmente, este é um dos impasses a ser solucionados pois mais de 26.000 pessoas interessadas em adotar não querem crianças que possuam irmãos, por questões de falta de condições para lidar com mais de um filho e também pelo receio de separação entre eles. Em discordância a isso, crianças com outros irmãos representa cerca de 65% do total delas.       Outrossim, a necessidade de aceitação social e também o caráter conservador das leis brasileiras colaboram para que os impasses não parem em números. Concomitante a isso, quanto mais exigências de características físicas, etárias e de parentesco os futuros pais fazem, maior a dificuldade para se iniciar o processo de adoção. Junto a isso, os tempos mudaram e o interesse de adoção também chega as pessoas que vivem em relacionamentos homoafetivos o que, por impasses pessoais e, até mesmo, judiciais contribuem para que os tais pessoas passem por dificuldades no processo.       Concluindo de acordo com os fatos supracitados, far-se-ão necessárias medidas programáticas do governo federal para redução das desigualdades sociais e inclusão educacional para todos em confluência com a Teoria Demográfica Reformista. Soma-se a isso, a criação do programa "Amor Para Todo Mundo" que atuaria por meio dos canais de TV, panfletos e orientações via assistentes sociais. Com idealização dos Ministérios dos Direitos Humanos e da Cidadania, o programa incentivaria a adoção com maior flexibilidade de futuros pais, sem distinção, com as peculiaridades de cada criança. Desta forma, estaremos prontos para lidar com os impasses econômicos e sociais da adoção no Brasil.