Enviada em: 31/07/2018

O documentário “Dentro das prisões mais severas do mundo” retrata, na Hungria, cenas de presos que cuidam da administração dos presídios, devido à falta de policiais. Percebe-se, então, o reconhecimento da população acerca da necessidade da justiça para viver em condições homogêneas. Em contrapartida, o Brasil sofre um atual panorama de impunidade, decorrente da falta de educação aos presos e seletividade das vítimas para atitudes punitivas.    A princípio, é notório que a prisão é participante de um ciclo vicioso, cuja estagnação ou continuidade é determinada pelo indivíduo, contudo a falta de educação corrobora a volta dos agentes do crime aos presídios. Por isso, é visto uma intensa superlotação nas cadeias, falta de recursos e infraestrutura. Tal atitude contradiz o dito de Paulo Freire, “A educação transforma as pessoas, pessoas mudam o mundo”. Partindo, assim, do princípio de que o homem nasce bom e a sociedade o corrompe, a população vê-se responsável por reeducar as pessoas privadas de liberdade, como a atuação do Governo, com o exame que propicia a entrada em faculdades públicas. Ainda sim, sabendo que o ato de punir tem o intuito de transformar o indivíduo, não só o Estado é responsável pela restauração, mas também a família, como participante do processo de socialização.   Outrossim, há uma elitização da impunidade, pois os desejos da elite misturam-se com os governamentais. Conforme o Jornal O Globo, o Brasil ocupa o décimo lugar dos países mais desiguais do mundo. Some-se, também, a desigualdade na justiça, em que, numa democracia representativa, os próprios representantes corruptos não são passivos de investigações, nem punições. Ao subtrair as atitudes do Governo que favorecem mais a economia do país frente ao mercado externo, ao invés de proporcionar os direitos humanos, vê-se uma inequação, onde a população encontra-se de um lado inferior. Posto isso, a história da luta de classes exposta por Karl Marx assemelha-se a uma dízima periódica.    É imprescindível, portanto, reconhecer a importância da justiça para sociedade, por meio da eliminação da insuficiência da educação e desigualdade do sistema judiciário. Sendo assim, cabe ao Ministério da Educação, Organizações Não Governamentais e policiais, organizarem um ambiente, equipes e recursos para estudo, com a ajuda de professores voluntários e psicólogos, deve-se passar os conhecimentos de ciências sociais. Ademais, o Ministério da Justiça deve atenuar a criminalidade nos Governos, ao investigar periodicamente as empresas nacionais e Secretarias Estaduais. Espera-se, com isso, que os presos tenham uma mentalidade transformada e, consequentemente, suas atitudes no meio social.