Enviada em: 01/11/2018

“Mudaram-se os tempos, mudaram-se as vontades”, é provável que Luís de Camões, poeta português, não se deslumbrava o potencial que seus sonetos pudessem exercer também em torno da discussão sobre a inclusão digital no Brasil. Impera neste momento, problematizar como isso tem se tornado um problema social e possíveis caminhos para combate-lo.   Em primeira análise, é válido referenciar uma união histórica sobre a inclusão digital. De acordo com Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que a justiça seja alcançada através da sociedade. De maneira análoga, é possível perceber que a democratização ao acesso as novas tecnologias rompem essa harmonia; visto que, embora haja leis e projetos para amenizar o problema ainda há brechas para que este seja resolvido, pressupõe avaliar suas causas e efeitos. Uma vez que estar desconectado do mundo tem suas implicações.   Atrelado a isso, nota-se que a globalização não é democrática, pois não atinge todos da mesma forma. Isso porque esse acesso as tecnologias é restrito aos centros urbanos, segundo uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas, a taxa de pessoas conectadas à internet é maior nas cidades das regiões Sul e Sudeste do país. Além do mais, atualmente, vários serviços são oferecidos somente pela internet, como por exemplo, marcação de consultas médicas e inscrições em concursos públicos. Com isso, quem não consegue acessar, seja pela impossibilidade financeira de custear os aparelhos e os provedores de acesso ou pela impossibilidade de saber utilizar o equipamento e usufruir das novas tecnologias, fica excluído socialmente.   Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. A fim de atenuar o problema, cabe ao Governo Federal, juntamente as instituições privadas, deve ampliar as redes de tecnologias para todas as regiões, por meio de investimento nesse setor, com objetivo de democratizar o acesso as tecnologias e melhorarem a qualidade de vida da população brasileira. Ademais, a sociedade e as ONGs devem fiscalizar a implantação desses serviços e cobrarem a efetivação dos projetos já existentes, para que assim a exclusão digital venha deixar de ser um problema no país.