Enviada em: 30/10/2018

Em "Black Mirror" a internet é o principal mecanismo das relações entre as pessoas e aqueles que não possuem acesso a ela são excluídos da sociedade. A série distópica de Brooker retrata uma situação presente também no Brasil e que traz transtornos, principalmente, à inclusão e ao desenvolvimento das pessoas que não têm acesso a essa tecnologia, haja vista seu importante papel na atualidade para as interações pessoais e formais e para a formação acadêmica.     Nesse sentido, desde o inicio da terceira revolução industrial, a tecnologia de ponta tem mudado as relações no mundo contemporâneo, em especial, com o surgimento da internet, que migrou parte das relações de comunicação e trabalhista para esse meio. Entretanto, sua democratização não é plenamente exercida no Brasil, uma vez que um "apartheid" tecnológico restringe a população mais pobre do acesso a essa rede. Tal situação, segundo dados do G1, marginaliza o público excluído e os tornam "atrasados" em um mundo completamente conectado e globalizado.    Além disso, é importante destacar, também, que as mudanças nos modelos tradicionais de educação e de empregos se tornaram restritos aos grupos que possuem conhecimento dos aparelhos de pesquisa online, visto que, mesmo para quem tem acesso à internet, a utilização de softwares e páginas online podem ser complexas e, desse modo, ser necessário cursos de informáticas que não estão disponíveis para parcela da população brasileira. Comprova-se isso, de acordo com o jornal O GLOBO, que mostrou um excludente cenário da população em cursos de informatica e computação.     Vê-se, portanto, a necessidade de medidas para promover a inclusão digital da população brasileira. Urge que, para tornar a internet um meio mais democrático, O Governo Federal, com apoio de ONGs,  elabore centros de informática nas regiões periféricas e em bibliotecas públicas das cidades brasileiras, a fim de acabar com o chamado apartheid digital. Além do mais, o Ministério da Educação deve investir em salas de informática nas escolas e, progressivamente, inserir informática e computação no currículo base comum, com fito de tornar os jovens aptos aos novos modelos de educação inserir-los no mercado de trabalho digital e, assim, afastar a realidade do país da vivida no universo supracitado de Brooker.