Enviada em: 01/11/2018

Em meados do século XIX, a Biologia mostrou, com a Teoria da Evolução de Charles Darwin, que apenas os seres mais adaptáveis podem sobreviver às vicissitudes da natureza. De maneira análoga, uma nação em busca do desenvolvimento deve se adaptar e superar os desafios da contemporaneidade. Dentre esses, destaca-se no Brasil a questão da inclusão digital, haja vista que muitos cidadãos ainda não estão plenamente integrados com os meios digitais.       É indubitável, que a questão constitucional e sua aplicação estejam entra as causas do problema. Segundo o filósofo grego Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. Diante do exposto, é perceptível que o Estado brasileiro mostra sua ineficiência em atingir tal equilíbrio, visto que, segundo dados do IBGE, pouco menos de 50% da população brasileira não possui acesso as tecnologias de comunicação. O que evidencia uma imensa desigualdade no acesso aos meios digitais no Brasil, principalmente entre as regiões federativas do país e essa desproporção está diretamente ligada a renda per capita de cada região.       Outrossim, destaca-se como uma decorrência dessa questão, problemas em setores sociais fundamentais como a educação, a qual está diretamente vinculada a integração digital do país. De acordo com o filósofo Rousseau, o homem nasce livre e por toda parte encontra-se acorrentado. Nessa perspectiva, vela inferir, que o indivíduo e a tecnologia devem andar juntos com o intuito de transpor todos as barreiras que o impede de melhorar tanto a si quanto a sociedade a qual está inserido. Para isso, é fundamental a desburocratização de instalações estruturais de internet pelo país e a diminuição dos impostos sobre os aparelhos tecnológicos de comunicação, diminuindo assim o seus preços.       É evidente, portanto, que medidas estratégicas são essenciais para alterar esse cenário de exclusão digital. Por conseguinte, cabe ao Estado garantir, de forma efetiva, parcerias com as empresas de telecomunicações, com a intenção de facilitar as instalações estruturais de banda larga pelo Brasil e integrar mais cidadãos ao meio digital, além da responsabilidade em reduzir as taxas sobre os produtos digitais. Ademais, fica a cargo do Ministério da Educação auxiliado pelas instituições de ensino com proatividade o papel de deliberar a cerca dessa questão em palestras elucidativas, por meio de exemplos em obras literárias, dados estatísticos e depoimentos de pessoas envolvidas com o tema, a fim de estimular a criticidade sociedade, fazendo com que ela saiba usufruir de maneira correta todo o potencial dos recursos tecnológicos e cobrem dos seus governantes a implementação das devidas soluções para esse grave empecilho social.