Enviada em: 02/11/2018

Entende-se por inclusão digital o processo de democratização do acesso as tecnologias para toda sociedade. No entanto, esse processo está longe de acontecer na realidade pois são muitos os entraves que impedem essa concretização, principalmente as desigualdades sociais e regionais evidenciadas no Brasil. Para isso, é necessário a análise de ambas com a finalidade de superá-las.         É preciso considerar, antes de tudo, as desigualdades existentes entre as classes sociais. Com o fim da Guerra Fria na década de 1990, teve-se o início do processo de globalização que objetivava democratizar o acesso às tecnologias a todas as pessoas e em qualquer lugar do mundo. Entretanto, isso não acontece de fato na realidade principalmente por entraves econômicos, pois segundo uma reportagem do G1, o Brasil é um dos países com maiores desigualdades entre as classes no mundo, o que dificulta democratizar esse acesso. Prova disso são dados do Comitê Gestor da Internet, no qual as classes D e E representam 14% do acesso, contrapondo-se a 98% da classe A. Assim, é assustador tamanha desigualdade que coloca em xeque essa democratização.          Além disso, cabe destacar alguns aspectos regionais brasileiros. Durante o Império a capital que se encontrava em Salvador foi transferida para o Rio de Janeiro, fato que culminou no avanço tecnológico, econômico e social do Sudeste e, em contrapartida, perdas em ambas para o Nordeste. Em consequência disso, atualmente, é notório a desigualdade do acesso a tecnologia em tal região. Isso é provado por dados do G1 em que a média dos indivíduos conectados no Nordeste são inferiores a média brasileira, que se aproxima de 50%. Já no Sudeste esse número é próximo de 70% e refere-se ao acesso local. Desse modo, evidencia-se tamanha desigualdade que precisa ser revertida.