Enviada em: 18/03/2017

Os avanços tecnológicos ocorridos na área de comunicações, possibilitaram o aumento da troca de informações. Por outro lado, também acentuaram as diferenças sociais, uma vez que a geração e transmissão de conteúdo é controlada por poucas pessoas. Além disso, as camadas mais pobres da população brasileira muitas vezes não tem acesso a essas tecnologias, tornando-se cada vez mais marginalizadas. Dessa forma, a inclusão digital é uma meta a ser cumprida no Brasil.     Segundo o geógrafo Milton Santos, existe um despotismo de informação, em que os espaços que concentram as tecnologias subordinam outros com menor acesso às redes imateriais. Isso explica as desigualdades existentes entre as regiões do países, já que os estados do Sul e Sudeste têm melhores índices de inclusão digital em relação aos outros estados. Outro exemplo disso é o contraste entre os bairros ricos e pobres.   Paralelamente, é necessário para que ocorra a inclusão digital, a aquisição de um computador, internet e o conhecimento sobre suas ferramentas, o que frequentemente não é possível para os cidadãos de baixa renda. A falta de políticas públicas eficientes que reduzam os preços desses mecanismos e ensinem o seu manuseamento, agrava ainda mais esse problema e contribui para a exclusão social dessas pessoas, visto que é um conhecimento essencial no mercado de trabalho.     Em resumo, a exclusão digital no Brasil ocorre nas escalas regionais e locais, agravando questões de cunho sociológico. Para superá-la é preciso, sobretudo, de investimentos do governo na área de educação e infraestrutura, sendo fundamental o ensino de informática em escolas e cursos gratuitos, assim como instalação de redes públicas de internet e oferecimento de computadores à preços baixos.