Enviada em: 20/04/2017

Com o advento da globalização, barreiras geográficas foram superadas, distâncias, reduzidas, e os fluxos de informações fizeram-se imediatos. Sendo o Brasil um país em desenvolvimento e uma das principais economias mundiais, torna-se natural sua inserção nos meios digitais. Nessa perspectiva, depreende-se que relações interpessoais, sociais, políticas e econômicas serão conectadas e disseminadas por meio da internet e dispositivos eletrônicos. Desse modo, é imprescindível debater a importância e necessidade da inclusão digital e os problemas gerados por sua ausência.          Segundo pesquisas realizadas pelo Comitê Gestor de Internet no Brasil (CGI.br), em 2016, cerca de 51% das residências brasileiras possuíam acesso à internet. No entanto, se por um lado trata-se de um número expressivo, sendo o Brasil um país em desenvolvimentos, por outro, significa que 49% das casas brasileiras estão desconectadas da realidade do século XXI, a internet. Ou seja, grande parcela da população não possui acesso a uma ferramenta essencial à formação ideológica, ao aprimoramento educacional e estabelecimento de interações sociais.          Como consequência dessa exclusão digital podem ser notados problemas para essa população e toda nação. Já que a inclusão digital não se trata apenas de um processo importante para a construção do indivíduo, mas também do país, uma vez que o desenvolvimento intelectual, por meio do acesso às informações, constrói uma população mais apta a contribuir para o desenvolvimento nacional no âmbito político, econômico e educacional. Por exemplo, é intrínseco às necessidades do Brasil o aumento do número de profissionais de nível técnico em regiões com economia menos desenvolvida, a saber, o Norte do Brasil, uma das maneiras disso acontecer é por meio de cursos de ensino a distância que são vinculados aos alunos por meio de videoaulas online. Todavia, essa possibilidade torna-se questionável em uma região que, simultaneamente, detêm o menor índice de residências com internet, 1,9 milhões de domicílios, segundo CGI.br.         Diante do contexto apresentado, conclui-se que a inclusão digital no Brasil é uma meta que precisa ser atingida para o bem pessoal e coletivo. Portanto, cabe ao Ministério da Tecnologia, Ciência e Inovação trabalhar, primeiramente, na distribuição de internet gratuita nas regiões mais deficientes desse meio informacional, para tanto, seria viável utilizar recursos oriundos de “royalties” petrolíferos da própria região, na região Norte, por exemplo, esses “royalties” teriam origem na Bacia sedimentar Amazônica. Às prefeituras, em consonância as suas Secretarias de Educação, cabem oferecer espaços públicos, como salas de informática das escolas municipais em determinados dias da semana, à população sem acesso à internet. Desse modo, é provável que o Estado brasileiro cumpra sua meta.