Conexão nem discada Difusão de informações. Diminuição de distâncias. Compartilhamento de experiências. Todos esses aspectos retratam a conjuntura atual da Revolução Científica desencadeada pelo avanço das tecnologias. Porém sendo eles benefícios, mazelas sociais se agravam ainda mais com o seu desenvolvimento, a exemplo disso, têm-se dois fatores principais: a desigualdade de acesso e perpetuação da exclusão. Em primeiro lugar, vale ressaltar que segundo Albert Einstein, cientista contemporâneo, “é mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito enraizado”. De maneira análoga, sendo o Brasil um país com os piores índices de desigualdade social do mundo, o acesso aos avanços tecnológicos se dá de forma heterogênea. Nessa perspectiva, para a implementação de novas tecnologias na sociedade, bases estruturais são fundamentais, entretanto, numa nação na qual ainda existem cidades sem energia elétrica e saneamento básico disponível, essas novidades se distanciam mais de serem instaladas. Numa analise mais aprofundada, segundo pesquisas da Fundação Getúlio Vargas, a taxa de acesso a tecnologias no Brasil é de 51,3%. Com isso, fica-se evidente que a exclusão social também é consequência da exclusão digital, dado que pessoas em diferentes patamares socioeconômicos não possuem as mesmas oportunidades de acesso. Torna-se evidente, portanto, que medidas devem ser desenvolvidas a fim de resolver esse impasse. O Governo juntamente com as escolas, deve por meio de ações afirmativas e do ensino da informática, propiciar a inclusão digital dos estudantes nas escolas, diversificando e tornando mais lúdico o modo de aprendizagem a partir da internet. Ademais, o Estado deve garantir através de investimentos, os direitos básicos previstos pela Constituição, como por exemplo, obtenção de energia elétrica e saneamento básico, para que instalações mais complexas possam ser inseridas. Afinal, somente assim, poder-se-á oferecer a inclusão digital para o restante da sociedade.