Enviada em: 18/09/2017

O Brasil ainda é infante quanto ao acesso à informática, e este fato possui relação direta com seus outros indicadores socioeconômicos. Sendo uma nação relativamente subdesenvolvida e economicamente fechada, o desenvolvimento de tecnologia nacional acaba defasado, e desastrosas políticas econômicas protecionistas atrasam a transferência tecnológica advinda de outras nações, prejudicando a população carente e favorecendo grupos lobistas.      Dessa forma, quando levadas em conta as desigualdades internas regionais à cerca do acesso ao mundo digital, as evidências da relação entre o desenvolvimento socioeconômico de uma região e seus índices de inclusão digital se tornam claras, provando que não há desenvolvimento social sem desenvolvimento econômico.        Portanto, uma nação que tem como meta alcançar altos padrões de acesso dos pobres às telecomunicações não irá alcançar seu objetivo sem uma política econômica provada empiricamente como eficiente. Entre 1990 e 2015,  a China removeu cerca de 700 milhões de pessoas da linha da extrema miséria, fato possibilitado apenas com uma ligeira abertura econômica ao livre-mercado. Isto causou uma revolução digital na China, que vem se tornando pioneira global em tecnologias de telecomunicações e no acesso populacional aos meios digitais.      Embora o inciso II do Art. 4º da Constituição Federal tornar como objetivo nacional garantir o desenvolvimento econômico, tal possibilidade se torna cada vez mais distante diante do atual cenário político caótico, e a população excluída da "World Wide Web"  continua a sofrer as consequências do atraso econômico e social. Programas sociais podem amenizar o problema, mas para uma solução definitiva e duradoura, é necessária uma política econômica forte e eficiente.