Enviada em: 04/10/2017

Um dos mais célebres cientistas do século 20, Albert Einsten, parecia prever o futuro da humanidade em sua frase que diz " Eu temo o dia em que a tecnologia vai ultrapassar a interatividade humana".Tal raciocínio reflete o panorama atual, em que o meio virtual e as máquinas já pertencem intrinsecamente as facetas do cotidiano.Todavia, com a desigualdade social e a rapidez do avanço tecnológico muitos indivíduos ficam excluídos digitalmente e ficam a margem desse processo evolutivo na população.Nesse contexto, é essencial discutir tais intempéries.  É imprescindível destacar, de início, as assimetrias sociais no Brasil e sua relação com a inclusão digital.Hodiernamente, a educação, principalmente a pública, é desvalorizada no que tange a infraestrutura física e de gestão das escolas.Assim o ensino é prejudicado junto com as oportunidades de empregos bom remunerados, o que favorece a concentração de renda.Dessa forma, a desigualdade social somado a exclusão tecnológica se perpetuam, isso porque ocorre falta de poder econômico para comprar aparatos digitais e as pessoas se vêem sem os benefícios que a modernização poderia trazer tanto na comunicação com o aplicativo whatsapp, como no ganho informacional com as notícias.  Outrossim, a velocidade do progresso digital, já debatida negativamente no livro "O choque do futuro" do sociólogo Alvin Toffler, promove dificuldades em seu acompanhamento.As inovações, diferentemente do passado, têm tomado uma celeridade maior a cada dia, seja em novos smartphones ou computadores.Desta maneira, a parcela da sociedade de gerações mais antigas encontra complicações em participar da vida digital de forma efetiva com a complexidade de termos e funções que não estão acostumados.Além disso, há a um exclusão digital disfarçada em que pessoas só utilizam parte da internet como as redes sociais e esquecem a bagagem informacional e cultural que o meio virtual pode ter na contribuição do desenvolvimento do pensamento crítico e de um melhor cidadão. Fica nítido, portanto, que Albert Einsten acertou em sua previsão e o digital já é preponderante, porém não tem o acesso de todos.Nesse prisma, é fundamental que o Governo Federal promova maiores fiscalizações nas escolas com a resolução de entraves na gestão e nas instalações para concretizar o direito de uma educação de qualidade à todos e minimizar a desigualdade social e consequentemente a tecnológica. Por fim, que o Estado estabeleça programas com cursos gratuitos de informática para os mais velhos e a mídia divulgue a importância do melhor uso da internet para findar a exclusão digital em todas as suas formas.Com esses atos, a integração de todos à tecnologia estará próximo da realidade.