Enviada em: 02/02/2018

É ideal que, em uma sociedade globalizada como a que vivemos, todos estejam integrados à internet, pois é nela que ocorre, de forma quase simultânea, a disseminação de informações. Contudo, há muitas barreiras que impedem o usufruto desse meio por grande parte da população, sobretudo por questões sociais e geográficas. Dito isso, urge a necessidade de uma inclusão digital mais abrangente e menos desigual.   Segundo dados do Comitê Gestor da Internet, 98% dos domicílios brasileiros pertencentes à classe A possuem internet enquanto às classes D e E, apenas 14%. Além disso, tal diferença se repete em nível regional, pois, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice de inclusão no Sudeste chega aos 59%, no Nordeste é de 37% e no Norte, 33%. Através da análise desses dados, é inegável que a exclusão digital acompanha as famílias mais marginalizadas pela sociedade, o que corrobora para o aprofundamento dessa desigualdade através da dificuldade de acesso à informação.   Entretanto, houve o aumento de brasileiros com acesso à internet conforme os anos se passaram. Segundo o IBGE, mais da metade da população do país (54,4%) é abrangida por tal ferramenta. Contudo, parece que, mesmo com esse aumento, a desigualdade aumenta, pois, entre os mais vulneráveis socialmente, a exclusão digital ainda persiste.   Para mudar esse panorama, é essencial que haja a ampliação de acesso ao meio digital. Por isso, o Ministério da Educação deve disponibilizar o uso de computadores aos alunos nas escolas, principalmente nas situadas em cidades mais afastadas, através de atividades curriculares como trabalhos de pesquisa e aulas de informática, por exemplo. Além disso, a fim de integrar as classes sociais D e E, o Governo Federal pode abater impostos de empresas que fabricam aparelhos de acesso à internet em troca do barateamento de tais produtos ao consumidor final. Dessa forma, será possível diminuir a exclusão digital e promover um Brasil mais igualitário.