Enviada em: 28/03/2019

O desenvolvimento social no Brasil se deu de forma desigual e segregacionista. Enquanto pequenos grupos sociais possuíam privilégios, poder econômico e político, vários outros eram marginalizados e desprezados pela sociedade. Mesmo no século 21, as raízes históricas da exclusão ainda se perpetuam no país tupiniquim. O discurso de ódio contra as minorias, que lutam por direitos e aceitação social, é frequente tanto na internet como nos mais altos cargos políticos do congresso. Mudar essa conjuntura é um dever social, pois, como dizia Carl Sagan “ Somos todos irmãos descendentes da mesma família”      Sendo um país formado pela união de diferentes povos e essencial para harmonia social que os direitos das várias classes que formam o Brasil sejam atendidos e respeitados. Porém, a história da sociedade brasileira foi construída em bases preconceituosas e excludentes. A chegada dos portugueses a América significou a morte de inúmeros indígenas. Durante décadas de governos que privilegiavam as elites agrarias, a marginalização dos poucos nativos que restaram foi frequente. Muitos foram e ainda são mortos ou expulsos de suas terras, como mostra a pesquisa feita em 2015 pela FUNAI em que 54 índios foram mortos pelo confronto envolvendo a luta pela terra.        Além disso, o desprezo as lutas sociais de povos marginalizados, como índios, negros, sem-terra e Lgbts são constantes nas redes sociais e até por representantes do povo na câmara dos deputados. O discurso de ódio contra minorias é uma característica da sociedade brasileira, que considera várias lutas por direitos como “vitimismo” ou ilegítimas. Termos pejorativos como: “Vagabundos”, desocupados e baderneiros são comumente utilizados para se referir a esses movimentos. Ou seja, mesmo com toda uma conjuntura excludente e maléfica a vários contingentes e grupos sociais, é possível notar que o preconceito não só não se extinguiu como e proliferado e disseminado. O desconhecimento da realidade histórica do país e a falta de empatia das pessoas em solidarizar se com o próximo está intrinsicamente ligado a essa conjuntura.      Garantir a igualdade entre as várias classes sociais que compõem o Brasil é essencial para um país mais justo e menos desigual. Portanto, cabe ao governo federal a criação de projetos que visem atender as reinvindicações de minorias sociais. Garantir o direito à terra aos povos indígenas e sem-terra, punir severamente quem desrespeite os direitos dos negros e Lgbts são medidas necessárias. Somado a isso, é dever das escolas estimular o respeito, a conscientização histórica e a empatia ao próximo, para que assim o discurso de ódio possa ser eliminado pela raiz.