Enviada em: 28/03/2019

A Constituição Brasileira de 1988 garante a igualdade a todos os cidadãos. No entanto, a intolerância e ignorância de muitas pessoas para com a pluralidade tem deixado o tecido social preocupado com a convivência. Isso se evidencia não só no aumento desenfreado do discurso de ódio, principalmente na internet, como também no preconceito estabelecido no âmbito escolar.       Em primeira instância, é necessário ressaltar que as redes sociais são importantes, mas têm sido muito usadas para fins antiéticos, como denegrir a imagem do outro. De acordo com o Código Penal Brasileiro, é crime qualquer tipo de calúnia, injúria e difamação. Porém, mesmo sendo ilegal é comum atitudes de desrespeito na internet. Tais fatos ocorrem pela falsa segurança de anonimato que a rede de computação transmite para os usuários, e pela impunidade do poder judiciário para com os intolerantes. Nesse viés, a punição de forma educativa e não somente coercitiva é fundamental para que os indivíduos possam viver de forma harmônica e sobretudo respeitar as diversidades culturais, econômicas, sexuais, sociais e raciais.       Ademais, convém relacionar ainda que a intolerância pode ser percebida no ambiente escolar e combatida. É notória em salas de aula grupos formados muitas vezes em detrimento do grau de inteligência, condições econômicas, cor da pele, são fatores que colaboram para o tratamento indiferente, porém podem ser resolvidos antes que pioram, Logo, o trabalho em conjunto e disciplinas que especificam as diferenças e o convívio entre elas, trazem para os alunos uma dinâmica de igualdade. Como dizia Orlando Villas Boas, respeitar e procurar entender as especificidades do outro é fundamental no relacionamento. Seguindo essa linha de raciocínio, o ambiente escolar deve não só ser um lugar integrador, mas didático em transmitir as demais pluralidades culturais.       Fica claro, portanto, que medidas precisam ser tomadas para resolver esses impasses. Cabe ao Poder Judiciário aumentar o número de delegacias virtuais para que as denúncias sejam feitas com mais efetividade, ademais cumprir as leis punindo os intolerantes e disseminadores de ódio, reeducando-os a conviver com tratamento de igualdade independente das disparidades. Por fim, o Ministério da Educação em consonância com as escolas deve incluir disciplinas que retratam a importância do convívio com as discrepâncias sociais, além dos mais, trabalhos específicos incluindo todos os alunos de forma diversificada. Assim, a geração futura não terá os mesmos problemas que a atual.