Enviada em: 09/04/2019

Não apenas nos dias de hoje, os discursos de ódio perpetuam-se na história da humanidade como meio de intimidação, para impor a vontade de um indivíduo (ou o grupo que este está inserido), sob os demais. As minorias, sendo grupos que se encontram em desvantagem em relação a outros, são subjugadas, diariamente vítimas de intolerância. As respostas violentas e repressoras dadas aos movimentos interessados em promover o bem-estar e fim de privilégios de determinados setores sociais evidencia o preconceito e conflito de interesses dentro de uma sociedade.     Visto que os grupos minoritários estão cada vez mais inseridos nos postos públicos, representados principalmente por deputados e senadores, a luta pela igualdade e dignas condições de vida vêm sendo cada vez maior. O cidadão tem certos direitos e deveres, designados na constituição brasileira, e estes devem ser válidos a todos, que são iguais perante a lei. Caso o mesmo não ocorra, é direito do indivíduo protestar e manifestar-se em prol dos seus direitos.     Mesmo que a defesa de direitos de determinado setor da sociedade ataque privilégios de outro, submeter a todos sob um mesmo padrão é imoral, e fere os valores de uma democracia, que é o sistema de governo político brasileiro. A manifestação pública é legal, e a censura é uma maneira de cercear a liberdade das pessoas na reivindicação de seus direitos. Por mais que a tentativa de sufocar tais agitações por meio da violência pareçam momentaneamente válidas, nenhuma ação que não tenha base em um diálogo fundamentado irá propor uma solução ideal. Embora na constituição conste que um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil seja promover o bem-estar de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade, sabe-se que apenas ter isso estipulado não é suficiente para que de fato se concretize. A legislação tem de ser posta em prática, a justiça tem de ser feita nos casos de opressão, e é necessário evitar a marginalização e exclusão social.     Apesar de que as manifestações muitas vezes pareçam apenas agitações por parte de muitas pessoas que possuam interesses em comum, ela é mais que necessária, como instrumento de pressão política e demonstração da força popular. Apoiar pautas que acredita-se serem importantes para a inclusão das minorias é fundamental para um melhor convívio de todos dentro de um mesmo país. O “contrato social” proposto por Rosseau defende que o governo seja o responsável pela segurança de todos, e se este não cumpre sua parte, é papel do cidadão unir-se aqueles que defendem os mesmos ideais, para junto ter maior força e poder disseminar e convencer mais pessoas sobre a importância das pautas reivindicadas, até que de fato possam ser ouvidas e postas em prática.