Enviada em: 26/04/2019

No Brasil, a intolerância e o discurso de ódio são componentes atuais na sociedade. Nesse contexto, é possível notar que as minorias são as principais afetadas, configurando impacto na vida social, pessoal e até pessoal. Ademais, com a disseminação das redes sociais essa conjuntura encontrou um meio de se propagar e ampliar a cólera às diversas partes do planeta.       Em primeiro lugar, é importante destacar que, uma minoria não está sempre em menor número na sociedade mas, refere-se a uma desvantagem e vulnerabilidade social. Assim, o cidadão encontra no discurso de ódio e na intolerância um meio de propagar seus pensamentos e opiniões sem sofrer represálias uma vez que, devido à falha socioestrutural, essas minorias não recebem respaldo do Governo. Desse modo, o indivíduo que é vítima  desse assédio evita realizar denúncias por medo de retaliações e procura manter-se impassível. No entanto, essa postura internaliza sentimentos de angústia e medo o que provoca problemas psicológicos como ansiedade e depressão.       Outrossim, a internet disponibilizou diversos benefícios sociais e educacionais para a população. Entretanto, tornou-se um local que dissemina ódio e violência, e o mais preocupante, as pessoas estão confundindo liberdade de expressão com a invasão à privacidade do outro com comentários ofensivos. Segundo uma pesquisa da Revista Veja, cerca de 68% das pessoas entrevistadas já receberam pelo menos um ataque ofensivo pela internet, 80% dessas, não tiveram suas denúncias atendidas. De acordo com a Universidade de São Paulo (USP), os principais alvos desses cometários são negros, homossexuais e mulheres visto que, são considerados subgrupos da sociedade dominados pelo padrão patriarcal do homem branco.        Fica clara, portanto, que para resolver esse impasse é necessária uma reestruturação na legislação vigente. Dessa forma, cabe ao Governo reformular as leis que punem esse tipo de agressão com penas e multas mais severas, aliado ao trabalho comunitário, bem como fornecer assistência às vítimas de injúrias mediante escolta e policiamento ostensivo. É necessário, ainda, a criação de programas virtuais em parcerias com empresas especializadas para detectar casos de violência na internet. Igualmente, o Ministério da Educação poderia investir em campanhas de mídia com apoio de influenciadores de opinião, para orientar a população sobre a importância de respeitar as pessoas e as diferenças.