Enviada em: 28/04/2019

Desde a Revolução Francesa, entende-se que os ideais liberdade, igualdade e fraternidade são fundamentais para que um país progrida. No entanto, quando se observa a intolerância e discurso de ódio contra as minorias, no Brasil, verifica-se que o ideal " fraternidade" é contestado na teoria e não desejavelmente na prática. Dessa maneira a discriminação continua ligada, intrinsecamente, na realidade da nação. Nesse sentido, convém analisar as principais causas dessa chaga social.     Em primeiro lugar, destaca-se a ineficiência da justiça como causa do problema. De acordo com o filósofo Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. De maneira análoga, percebe-se que, no Brasil, o aumento da intolerância e discursos de ódio rompe com essa harmonia. Haja vista que, embora o terceiro artigo da Constituição Federal assegurar as práticas intolerantes como crime, há brechas que facilitam a ocorrência de agressões, como a falta de uma punição consistente. Logo, a repressão persiste na realidade brasileira, no entanto, tal fato deve ser combatido, uma vez que, o Brasil, possui leis que repudiam a prática desse tipo de crime.    Outrossim, ressalta-se a negligência escolar como impulsionadora da problemática. Isso acontece porque o modelo pedagógico vigente nas escolas prioriza conhecimentos que serão abordados em testes avaliativos. Em contrapartida, os conteúdos que abordam valores éticos e morais são ausentados nas salas de aula. Desse modo, por consequência, segundo o portal de notícias G1, o Brasil é um dos países mais intolerantes do mundo. Isso comprova a influencia da omissão escolar no aumento da intolerância, tendo em vista que, a "fraternidade" é algo desconhecido no Brasil.      Portanto, com o objetivo de atenuar o problema e evitar que as práticas de discriminação coexistam no Brasil, cabe ao Governo Federal criar delegacias especializadas em crimes cometidos por causa da intolerância, por meio do alinhamento com a esfera estadual e municipal, a fim de que os agressores sejam punidos tanto com trabalho social quanto penalmente. Ademais, é dever do Ministério da Educação (MEC) e professores reformular o modelo pedagógico. Tal reforma deverá incluir ética e cidadania como disciplina escolar obrigatória. Assim, a discriminação será combatida, e o ideal fraternidade será contestado não só na teoria, como, também, na prática.