Enviada em: 12/05/2019

Promulgada pela ONU em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos garante a todos os indivíduos o direito à igualdade e ao bem estar-social. Conquanto, a intolerância e discursos de ódios recorrentes contra as minorias impossibilita que essa parcela da população desfrute desses direitos universais na prática. Nessa perspectiva, esses desafios devem ser superados de imediato para que uma sociedade integrada seja, definitivamente, alcançada.    Na Biologia, o parasitismo é uma relação desarmônica que consiste no benefício de um ser em detrimento do outro. Analogamente, as práticas de intolerância e discursos de ódio são fortalecidas quando o sistema educacional é fraco e precário. A educação é o fator principal no desenvolvimento econômico e social de um país. Hodiernamente, ocupando a nona posição na economia mundial, seria racional acreditar que o Brasil possui um sistema público de ensino eficiente. Contudo, a realidade é justamente o oposto e o resultado desse contraste é claramente refletido nos atos de intolerância e preconceitos que ocorrem diariamente no país. Desse modo, é inaceitável a ideia de que em um país signatário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, práticas como essas ocorram, fazendo com que uma parcela da população não consiga desfrutar dos seus direitos.    Faz-se mister, ainda, salientar o Governo como impulsionador do problema. De acordo com Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, a falta de solidez nas relações sociais, políticas e econômicas é a característica da "modernidade líquida" vivida no século XXI. Nesse sentido, o setor legislativo do Brasil, por exemplo, mostra-se fragilizado, pois apesar de se ter demasiadas leis, muitas delas não são efetivadas na prática ou ainda deixam quase que impune quem comete esses crimes. Isso comprova a falta de solidez nas relações políticas nos dias de hoje, como foi proposto pelo sociólogo contemporâneo. Portanto, é inadmissível que em um país que possui uma Constituição denominada de Cidadã, um setor como o legislativo não contribua totalmente para ajudar o cidadão.    Infere-se, portanto, que ainda ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem amenizar essa problemática. O Governo Federal, em parceria com a mídia, deve financiar propagandas e palestras que tratem sobre o assunto da intolerância e dos discursos de ódio, que devem ser passadas em escolas do setor público e privado para influenciar a geração futura a ter mais respeito com o próximo e respeitar opiniões diferentes. Faz-se necessária, também, a atuação do Poder Legislativo para elaborar leis eficazes e fazer a manutenção das já existentes,com o objetivo de cumprir o que de fato se diz na Constituição Cidadã, como o direito à igualdade a todos. Além disso, uma parcela engajada da população pode realizar movimentos em prol do fim da intolerância, para retomar os direitos perdidos.