Enviada em: 18/05/2019

Segundo a Constituição Federal de 1988, todo cidadão é igual perante a lei, porém na sociedade contemporânea em que vivemos, muitas pessoas não seguem o que a Constituição diz e tratam com violência e ódio aqueles que consideram diferente. Crimes de intolerância são cometidos todos os dias contra homossexuais, transsexuais, negros, indígenas, mulheres, entre outros grupos minoritários e isso mostra a urgência de se criarem medidas para resolver o problema.       O filme "O menino do pijama listrado" mostra o contexto da 2º Guerra Mundial, onde o governo ditatorial de Adolf Hitler foi o responsável pelo Holocausto, genocídio em massa de cerca de seis milhões de judeus. Esse filme retrata a intolerância e o ódio contra os judeus, homossexuais e negros, característica da ideologia nazista e como isso resultou no maior genocídio do século XX. Pode-se então perceber a partir da análise do filme a importância de se combater esse tipo de discriminação, pois assim como aconteceu na história e foi mostrado no filme, cada vez mais os grupos minoritários vêm sofrendo com esse mal.       No Brasil foram mortos ao menos 868 travestis e transsexuais nos últimos 8 anos, o que deixa o Brasil no topo do ranking de países com mais registros de homicídios de pessoas transgêneras no mundo, dado divulgado pela ONG Transgender Europe. Esse dado alarmante alerta a respeito da gravidade dos crimes de ódio e violência contra esses grupos pelo simples fato de não serem aceitos socialmente por pessoas intolerantes.       O conceito de Banalidade do Mal de Hannah Arendt explica esse comportamento, onde por resultado da massificação da sociedade, se criou uma multidão incapaz de fazer julgamentos morais, tornando então o mal uma coisa banal. Às vezes o indivíduo, por viver numa sociedade onde a discriminação está presente, acaba considerando aquilo normal ao invés de lutar contra esse mal.       Faz-se então necessário que se crie medidas protecionistas para esses grupos. Seria importante que o poder legislativo colocasse em vigência uma lei eficaz que punisse qualquer pessoa que tenha esse discurso de ódio para que as minorias continuem a lutar por seu lugar e seus direitos na sociedade. Também seria de mesma forma importante que se criasse delegacias especializadas nesse tipo de crime para que o processo de atendimento às vítimas fosse agilizado e para que elas se sintam mais protegidas. Além de campanhas nas escolas para promover a aceitação e respeito a qualquer pessoa para que as crianças e adolescentes cresçam com o discurso de tolerância às diferenças. Dessa forma, em um longo período de tempo, poderão ser observadas mudanças positivas na questão discriminatória no Brasil.