Enviada em: 16/06/2019

Durante a Segunda Guerra Mundial, na Alemanha, Hitler utilizou do seu autoritarismo para massacrar a minoria de judeus, que viviam no país. Entretanto, mesmo diante diversos momentos de violência contra as minorias ao longo da história humana, esse hábito ainda perdura na sociedade hodierna e tem se intensificado, cada vez mais, em forma de discurso de ódio e de agressões físicas. À vista disso, infere-se que tal problemática é inerente à uma cultura de subjugação da maioria, em relação a minoria e à ineficiência do Estado em garantir os direitos dessas pessoas.       A priori, consoante a antropólogo Ruth Benedict, "A cultura é janela pela qual o homem enxerga o mundo". Dessa maneira, é a cultura a responsável pela transmissão de valores e costumes ao longo das gerações de uma sociedade, as quais herdam e incorporam esses hábitos ao seu modo de viver e de se relacionar. Assim, essa cultura de domínio dos mais fortes, em detrimento dos mais fracos ainda permanece arraigada na geração hodierna, a qual tenta impor os seus valores para as minorias como o que é certo, através de violência e de agressões psicológicas, como a chacina que ocorreu na mesquita, na Nova Zelândia. Por consequência, essa cultura herdada ao longo da história humana ainda aterroriza as pessoas que pensam de modo diferente.       Outrossim, conforme o filósofo Aristóteles, a finalidade estatal deve ser o bem comum e não os interesses individuais de quem governa. Desse modo, o descaso dos governantes perante o povo, tem levado o Estado a falhar no cumprimento de seu dever básico, a proteção dos direitos dos cidadãos, e tem sido utilizado como máquina de corrupção. Destarte, a inaptidão da garantia dos direitos das minorias, ocasiona o desamparo desse grupo, que fica à mercê de uma maioria intolerante e violenta, a qual fica impune de seus atos. Isto posto, a ineficiência estatal tem levado diversas comunidades minoritárias a se esconderem, por causa do medo da impunidade.       Portanto, para que não haja desamparo Estatal e a cultura de subjugação seja superada, são necessárias mudanças estruturais. Com isso, cabe ao Ministério da Educação, por meio de diretrizes educacionais, a criação de palestras e projetos, os quais visem praticar e explicitar para os alunos a importância da tolerância e do respeito as opiniões diferentes e como a diversidade de pensamentos contribuem para a melhoria da sociedade, para que haja uma geração futura cônscia em relação ao próximo. Ademais, assiste à Câmara de Deputados, por intermédio de diretrizes constitucionais, a criação de projetos fiscalizatórios, os quais sejam enfáticos na garantia dos direitos da população e intensifiquem as punições relativas à crimes de intolerância, a fim de que haja uma sociedade justa e mais segura.