Enviada em: 17/06/2019

"O ser humano não teria alcançado a intolerância e o discurso de ódio contra as minorias do país se, repetidas vezes, não tivesse tentado obter o autocontrole da raiva em situações de estresse e frustração promovidas pela sociedade". Com essas palavras, Max Weber, sociólogo alemão, afirma que a intolerância e o discurso de ódio, mas também, posteriormente à quebra de paradigmas, é necessária a insistência, por parte de um grupo social, na tentativa da sociedade observar, por outro ângulo, os benefícios de obter o autocontrole da raiva em situações de estresse e frustração, mas também apresentar empatia entre os indivíduos pelos integrantes dessa mesma sociedade.     Primeiramente, cabe destacar que o dever de incentivar a propagação socioeducativa da empatia por entre os indivíduos da sociedade, de modo que a intolerância e o discurso de ódio, os quais ainda são frequentemente realizados pelos indivíduos do país, sejam atenuados e inviabilize o reaparecimento de ações de intolerância e discurso de ódio devido à carência de empatia entre os cidadãos, está assegurado não só pelos Direitos Humanos, mas também pela Constituição do Brasil. Além disso, os pilares de uma república são deixados de lado a partir do momento em que as minorias da sociedade não estão protegidas pelo Estado contra ações e atitudes intolerantes de pessoas praticantes de discurso de ódio, abrindo oportunidades para que a sociedade se torne excludente cada vez mais.     Paradoxalmente, o Brasil, o qual é um país visto como acolhedor pelos demais países nas relações internacionais, está inserido em uma dicotomia: ao mesmo tempo em que é reconhecido mundialmente por suas políticas de inclusão social deixa a desejar no que se refere à obtenção do autocontrole da raiva em situações de estresse e frustração, haja vista que segundo especialistas, os casos de intolerância e discurso de ódio são propagados por entre indivíduos da sociedade devido à carência de informações minuciosas a respeito de um determinado assunto, mas também devido à carência de ensino socioeducativo da empatia entre os indivíduos da sociedade.       Portanto, a intolerância e discurso de ódio contra minorias devem ser combatidos com a iniciativa do Ministério da Educação e Cultura, em parceria com as escolas municipais, psicólogos e psicopedagogos, de realizar a implementação de debates socioeducativos, por meio de palestras educacionais, a respeito dos principais assuntos que incentivam as pessoas apresentarem a intolerância e o discurso de ódio, além da propagação de folhetins relacionados aos principais métodos de reconhecer e impedir a disseminação da intolerância e o discurso de ódio, para que possa haver um trabalho de transformação na mentalidade dos indivíduos em relação aos malefícios ocasionados pelas ações e atitudes de intolerância e o discurso de ódio.