Enviada em: 11/06/2019

O infanticídio espartano, bem como a escravização de nativos são duas das inúmeras formas de descarte humano marcados na história antiga. Dessa forma, ainda que a Constituição Federal Brasileira assegure a igualdade aos seus cidadãos em prol do bem comum, a prática é contraditória, haja vista os casos de intolerância, além dos discursos de ódio contra minorias. Portanto, é vital reverter essa problemática a fim de obter uma sociedade menos primitiva e egocêntrica.       Nesse ínterim, mesmo sendo os indígenas o grupo majoritário no Brasil de 1500, a presença dos Portugueses instaurou a eugenia sociocultural, uma vez que os nativos foram massacrados, além de forçados a aderirem os costumes de outrem. Esse etnocídio é presente na atualidade, posto que, aos índios, é destinado toda a fúria de um congresso ruralista, o qual anula o direito de posse das terras devido à cólera de uma nação que acredita ser superior àqueles que deveriam resplandecer fraternidade e respeito.       Outrossim, vale ressaltar que tornar um indivíduo participante da vida sociopolítica é cumprir o preceito constitucional, entretanto, ao associar a deficiência com incapacidade perpetua-se a crença de que acessibilidade política é ato caridoso, quando é dever do Estado assegurar vida digna a todos os civis. Desse modo, hoje, o Brasil é intolerante em relação às pessoas com deficiência, seja não construindo pavimentações previstas nas normas para fácil acesso, como também sendo impacientes na acomodação dessa parcela nos transportes públicos. Esse evidente ostracismo social limita a existência em plenitude do exercício da cidadania.       Em suma, é notório a estagnação do país no respeito às minorias. Sendo assim, é imprescindível que o Ministério da Educação em concomitância aos três poderes do Estado acrescentem à grade curricular disciplinas de caráter social, como ética, cidadania e o código penal, a fim de estimular o pensamento crítico, para a alteridade ser um hábito comum. Ademais, o Estado deve inserir líderes indígenas no Congresso para demarcações mais justas, além de capacitar todos os motoristas de ônibus na acomodação correta de deficientes. Por fim, compete ao Ministério de Infraestrutura multar severamente as construções inadequadas, com intuito de reparar o atraso na equidade e fornecer assim a igualdade tolerante prevista na Constituição Cidadã.