Enviada em: 24/04/2018

Censura ao desrespeito        A chegada ao século XXI representa, em muitos aspectos, uma espécie de expansão comunicativa. Ao mesmo tempo que a utilização da internet se intensificou e trouxe consigo muitas facilidades, o meio virtual tem sido um agravante nas interações que proporciona. Nesse contexto, mais do que nunca, é preciso vetar toda e qualquer postagem com caráter de ódio, especialmente as que incitam à discriminação.      Facebook, Twitter, YouTube e Instagram são exemplos das redes sociais mais acessadas, que infelizmente tornaram-se palco de insultos. Grande parte dos usuários, no entanto, sentem-se mais confortáveis em despejar seus achismos por meio das redes, do que no convívio social propriamente dito. Afinal, por trás da tela de um computador não se olha nos olhos, e na pior das ofensas será improvável reatividade física ou reprovação instantânea de outros indivíduos não envolvidos de forma direta.        Não saber os limites da nossa liberdade de expressão nas redes sociais é um grande risco à moral perante a sociedade, mesmo porque existe a possibilidade da visualização da foto de perfil, localização e idade. Porém, existem usuários que não deixam público o nome verdadeiro com suas informações pessoais, utilizando-se do anonimato para propagar comentários discriminatórios.      Aos mais conservadores, há a necessidade de expressar-se em combate aos que têm uma orientação sexual distinta. Aos xenofóbicos, dão-se a liberdade de se auto afirmar como superiores. E quanto aos que têm uma religião tradicionalmente difundida, tendem a desconsiderar todas as outras com discursos intolerantes. Sem falar nas postagens que reduzem os negros e mulheres a nada. Diante disso, a motivação para tanto se deve à falta de empatia, de respeito e de conscientização acerca das diferenças que permeiam a esfera social.        Desse modo, se os internautas não impõem a si mesmos os limites necessários, as redes podem cumprir esse papel a fim de evitar repercussão de postagens que violem os direitos de outros indivíduos. As redes sociais podem ser reprogramadas de modo a impedir que sejam publicados comentários contendo palavras de caráter ofensivo; ONG's podem oferecer palestras para serem ministradas em alerta às crianças e jovens; e os principais canais de comunicação podem desenvolver campanhas publicitárias para a conscientização de toda a população.