Na sociedade contemporânea, a intolerância e o discurso de ódio nas redes sociais apresenta-se como um problema de caráter social. Isso se deve, sobretudo, a ausência de políticas públicas mais especificas que visem combater esse problema e punir aqueles que cometam esses atos e, também, à falta de uma educação mais especifica que ensine os indivíduos a respeitarem os princípios éticos e sociais da sociedade. Logo, são necessárias mais ações dos órgãos governamentais e sociais, visando ao enfrentamento dessa questão. Em verdade, o exercício abusivo da liberdade de expressão é potencializado com a generalização do acesso à internet digital que permite às pessoas assumir uma posição ativa na relação comunicacional ao saírem da posição de receptores da informação e passarem à posição de criadores de conteúdo, os quais podem ser divulgados de maneira instantânea, sobretudo nas mídias como o “ Facebook” e o “Twitter”, com acentuada velocidade de propagação. Com isso, a manifestação de ódio nas redes sociais vem aumentando cada vez mais, como aconteceu com a filha do ator brasileiro Bruno Gagliasso que foi alvo de preconceito racial por ser negra e de origem africana, em vários comentários espalhados pelas redes sociais. Isso evidencia a falta de senso e ética dos indivíduos no meio tecnológico. Assim, é preciso que novas políticas públicas que visem combater essas práticas sejam criadas. Outrossim, a liberdade de expressão deve respeitar os limites éticos, morais e sociais, assim, o papel da educação é fundamental para ensinar os indivíduos a usarem sua liberdade de expressão da forma correta sem prejudicar os direitos do próximo, combatendo a intolerância existe na sociedade. Logo, para qualquer meio o direito de se manifestar pode ser benéfico, pois é por meio dela que os cidadãos poderão participar, sugerir ou criticar. Isso contribui para tornar o indivíduo um ser mais pensante. Conforme preconizado pelo sociólogo Zygmunt Bauman, há dois valores que são essenciais e indispensáveis para a convivência social, um é o respeito ao próximo e a diversidade existente e o outro a liberdade de se expressar de forma passiva. Sem os quais não se pode conviver passivamente na sociedade. Dessa forma, torna-se evidente a necessidade de enfrentar a intolerância e o discurso de ódio nas redes sociais. Para tanto, o Governo Federal intensificar e criar mais políticas públicas que visem supervisionar os discursos de ódios na internet e punir rigidamente os que os praticantes. Cabe-lhe, ainda, em parceria com os institutos educacionais, aumentando a carga horária de disciplinas como a Filosofia e a Sociologia, com intuito de aumentar os debates em torno do direito à liberdade de expressão. Ademais, a mídia e o poder público, juntos podem trabalhar a temática e suas consequências em novelas e programas de Tv, com especialista no assunto para alertar o público sobre os perigos da intolerância no meio social.