Enviada em: 21/05/2018

Muitas questões importantes emergem na sociedade brasileira, entre elas os discursos de ódio nas redes sociais. No intuito de garantir a base do respeito à dignidade humana, foi adotado pela ONU em 1946, a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Todavia, essa cultura de ódio representa entraves para a realização dessas normas no país, uma vez que existe uma sensação de impunidade no espaço digital, somados a disseminação de conteúdos danosos nas redes de modo instantâneo.   Em primeiro lugar, a democratização dos meios de comunicação e o advento da internet, sendo estabelecida como direito no país em 2014, com o Marco Civil da Internet, assim, proporcionando novas ferramentas para a propagação de ideologias intolerantes. Desse modo, o anonimato junto ao desconhecimento das leis, e a crença de que a legislação não se aplica a crimes online estimulam os usuários a expor seus pensamentos preconceituosos. Por isso, surgem no meio virtual ideias racistas, homofóbicas, xenofóbicas, entre outras formas contra minorias segregadas. Logo, é dever do Estado intervir para que haja segurança social e volte a sua normalidade.   Outrossim, devido ao valores patriarcais existentes no país adquiridos durante a colonização, muitos cidadãos acham que são superiores aqueles com diferenças identitárias. Nesse sentido, esses valores perpetuaram, e consoante a isso, o campo cibernético tornou-se um espaço para essas pessoas agirem discriminadamente. Por conseguinte, com a rápida transmissão, as dificuldades para remover tais conteúdos ampliam, e práticas aparentemente inofensivas como curtidas e compartilhamento de postagens, encorajam ações que se relacionam ao “ciberbullying” evoluindo para o crime virtual.   É preciso, portanto, a reversão desse cenário de ódio e intolerância nas redes sociais. Cabe ao Poder Executivo, juntamente com o Ministério de Ciência e Tecnologia, criar um grupo de pessoas para checar as informações veiculadas na internet, e bloquear esses sites, para que o ódio online não sejam disseminado. Ademais, o MEC deve instruir os profissionais da educação, por meio de discussões em sala de aula, a fim de desenvolver nos alunos a construção da criticidade e o bom senso no meio social, de forma que os usuários não espalhem intolerância, e denunciem essas notícias com esse ódio, exercendo, assim, de forma plena nossa cidadania.