Enviada em: 24/05/2018

Estado virtual.  Desafios virais. Memes criativos. Racismo. A internet possibilita o entretenimento das massas, mas também é usada para difundir intolerância. De fato, o ódio destinado às minorias é um aspecto comum da rede, impulsionado pela possibilidade de anonimato virtual.   É importante esclarecer, primeiramente, o aspecto nocivo da web. Nesse sentido, o escritor Carlos Heitor Cony qualifica a internet como poluidora, não ambiental, mas do espírito. Essa poluição é evidente, sobretudo nas redes sociais. Isso porque, sites como Facebook e Twitter são usados diariamente para disseminar discursos de ódio contra negros, índios, homossexuais e demais minorias.   No entanto, as redes sociais não criam o preconceito, só servem de meio para sua propagação. Assim, é válido citar o conceito de "estado da natureza", do sociólogo Thomas Hobbes. Nesse estado, os indivíduos viveriam sobre liberdade plena, o que culminaria em agressões constantes. Certamente, o anonimato possibilitado pela internet garante liberdade ilimitada aos usuários, favorecendo discursos criminosos.  Fica claro, portanto, que a discriminação online é sustentada pela dificuldade de se identificar os agressores. Desse modo, considerando a já existência de um portal de denúncias específico para esse tipo de crime, urge que o governo, em parceria com a mídia, incentive a denúncia. Esse incentivo deve ser feito por meio de propagandas televisivas e virtuais, que esclareçam ao cidadão como agir ao presenciar casos de violência virtual. Além disso, é necessário que as redes sociais se posicionem de forma a coibir a intolerância. Cabe a elas excluir perfis com alegações discriminatórias, como também, direcionar o caso às autoridades específicas.