Enviada em: 05/10/2017

Tema da redação: Desafios de viver em uma sociedade narcisista        Na década de 70, o movimento hippie, com seu lema “faça amor e não faça a guerra”, foi uma manifestação comportamental que marcou aquela geração. Na contemporaneidade, embora de caráter individual, impulsionado pela concepção consumista da sociedade, utilizando-se das diversas tecnologias desenvolvidas nos séculos XX e XXI e como reflexo da agitação da vida moderna, o narcisismo constitui-se em uma grave problemática social que, para sua resolução, requer um amplo debate pelo corpo social.       Consoante o pensamento de Dukheim, o fato social é a maneira coletiva de agir e de pensar. Sendo assim, a “indústria” do ter e não do ser produz padrões comportamentais, em que, para satisfazerem os desejos de exposição e aprovação pelo grupo, os indivíduos expõem-se a riscos elevadíssimos, como por exemplo: fazer uma selfie em uma torre de um edifício.       De outra forma, segundo Immamnuel Kant, o homem é aquilo que a educação faz dele. Nessa perspectiva, com os avanços das diversas áreas do conhecimento, muitos pais, em relação aos filhos, expressam atitudes super protetoras, excesso de admiração e valorização, formando indivíduos egoístas e vaidosos, os quais enfrentarão dificuldades de adaptação aos processos coletivos.       Portanto, é necessário que o governo promova campanhas midiáticas, assim como as realizadas à época da Lei Maria da Penha, com o intento de informar a população sobre essa questão e dos perigos dessa atitude. Em outra ação, as escolas, junto à comunidade, devem propor projetos de debate sobre essa temática, informando a coletividade e ressaltando as consequências desse comportamento. Enfim, a sociedade civil – associações comerciais e industriais, sindicatos patronais e dos trabalhadores, ONGs – deve estabelecer grupos de trabalho, a fim de elaborar atividades de conscientização social, alertando sobre os perigos que, em uma sociedade violenta, resultam da excessiva exposição pessoal.l