Enviada em: 02/11/2017

Reestruturação holística              Ao contrário da visão positivista de Durkheim, Weber entende que os processos e fenômenos sociais são dinâmicos e mutáveis, os quais necessitam ser interpretados, para que se extraia deles o seu sentido. Nessa lógica, pode-se afirmar que a intolerância e discurso de ódio nas redes sociais exigem de uma discussão mais ampla sobre a falha socioestrutural que o problema representa.       Por esse ponto, compreende-se que, além de todos os benefícios sociais e educacionais que a internet possibilita para a sociedade, ela também é um local que dissemina ódio e violência. O mais preocupante, contudo, é que as pessoas estão confundindo a liberdade de expressão com a invasão do espaço do outro com comentários discriminatórios.         Entretanto, esse problema está longe de ser resolvido. Sabe-se que a intolerância e o ódio não estão apenas nas redes sociais, mas sim no indivíduo, fazendo com que esse pensamento preconceituoso não fique restritamente atrás das telas dos computadores e celulares. Além disso, ainda existe uma certa incoerência da sociedade sobre o que é ou não considerado preconceito, visto que muitos consideram-se contra tais atitudes, porém, acham graça, curtem e comentam situações parecidas das quais disseram ser contra.        Diante desse cenário, para resolver esse impasse é necessária a reestruturação holística da legislação vigente e dos investimentos destinados aos casos de denúncia de crimes virtuais, para reformar o sistema de Justiça e combater a lentidão dos processos, permitindo, então, que os transgressores da lei sejam punidos. Como também, as empresas de tecnologia da informação poderiam ser incentivadas pelo governo a criarem programas para detectar mais rápido o caso de violência virtual, podendo, portanto, trabalharem juntas com o país. Bem como, o ministério da educação poderia investir em campanhas usando todas as mídias, com o apoio de pessoas influenciadoras de opinião e de empresas famosas de roupas e alimentos, para educar e conscientizar a população sobre a importância de respeitar as pessoas e as suas diferenças. Dessa forma, acredita-se que o bem estar dos envolvidos e o ganho social sejam concretizados, acrescido do respeito à vida, objetivando, assim, o princípio constitucional da Dignidade da Pessoa Humana.