Enviada em: 06/10/2017

A popularização das redes sociais deu visibilidade aos discursos de ódio e intolerância. Antes mesmo da criação da internet, tais práticas já existiam, embora não tivessem a proporção e capacidade de atingir, em um rápido intervalo de tempo, a quantidade de pessoas que as redes sociais atingem.       Fomentados pela sensação de anonimato e, a priori, protegidos atrás da tela do computador, usuários das mídias sociais pregam suas ideologias com conteúdo xenofóbico, homofóbico, racista, dentre outros. Conteúdos como esses, intolerantes e dotadas de preconceitos, devem ser combatidos, pois, além de não compactuarem com o livre arbítrio, propiciam e instigam o crescimento da violência.       De acordo com dados da ONG Safernet, apenas entre os anos de 2010 e 2013, aumentou em mais de 200% o número de denúncias contra páginas que divulgam conteúdo discriminatório contra minorias em geral. O dado é alarmante, tendo em vista que o crescimento do número de denúncias significa maior prática dos discursos de ódio na internet.       Já existem formas de se defender de ataques desse tipo. É permitido à vítima realizar denúncia, presencialmente ou de modo anônimo, pelos sítios: Site do Safanet, canal cidadão do MPF, ou por telefone, discando o Disque 100. Também está para ser lançado um aplicativo na internet para fiscalizar conteúdos que estimulem discursos de ódio.       Todavia, tais medidas ainda são insuficientes para a erradicação da propagação de ódio nas redes sociais. Devido a grande velocidade que a informação se propaga ao ser lançada, deveria ser criado uma plataforma que analisasse os comentários antes deles serem publicados, filtrando os comentários de cunho intolerante, evitando-os de serem exibidos nas redes sociais, e identificando o autor que responderia às penas cabíveis.