Enviada em: 07/10/2017

Em meio ao auge da Guerra Fria surge a internet como um veículo, antes bélico, agora como uma forma de integrar e disseminar conhecimento. No entanto, justamente com as redes sociais - tão presentes na vida contemporânea -, tem se usando dessa ferramenta como forma de reafirmar discursos intolerantes e retrógrados para atacar as minorias. Dessarte, é vigente a necessidade de abolir ações de ódio gratuito e criminoso que ocorrem em meio as redes sociais.   Conforme popularizou-se o uso das redes sociais, o habito de postar, curtir, cutucar e compartilhar foram dando origem para o retumbar de preconceitos que, de certa maneira, contribuem para a perpetuidade da intolerância. Segundo dados da ONG Sefernet, entre de 2010 e 2013, houve o aumento de mais de 200% no número de denúncias contra conteúdos on-line racistas, misóginos, homofóbicos, xenofóbicos, neonazistas, de intolerância religiosa ou qualquer outra forma de preconceito. Essas ações virtuais são apenas reflexos de preconceitos enraizados no mundo off-line/real.   Outrossim, um dos grandes motivos para a facilidade da disseminação dos discursos de ódio na internet e a sensação de liberdade e impunidade adstrito com o anonimato que “a terra de ninguém” proporciona ao “usuário-criminoso”. Casos como da jornalista Maria Julia Coutinho e da cantora Preta Gil servem para exemplificar que nem pessoas públicas estão livres de mal, e que, mesmo na “terra de ninguém”, a lei vigora sobre as máscaras do anonimato, pois, após as denúncias efetuadas, os criminosos foram indiciados por seus atos. Contudo, diariamente ainda são feitas menções com caráter preconceituoso nas citações que envolvem racismo, misoginia, homofobia, aparência e etc.   Portanto, medidas são necessária para solucionar esse imbróglio. Partindo do pressuposto: “o resultado mais sublime da educação é a tolerância” da escritora Helen Keller, as escolas com subsídios do Ministério da Educação devem abortar todas as formas de preconceitos e o quão irracional é esta prática, tornando-o o futuro adulto um ser mais tolerante às diferencias, tanto reais quanto no mundo virtual. Ademais, cabe ao Estado e o Poder Judiciário criar mecanismo mais severos de punição aos crimes de intolerância na internet, assim como, criar órgãos, dentro de delegacias, especializados nesse tipo de crime, com ferramentas para pesquisar discursos de ódio, deletar tais conteúdos e desvendar o criminoso, para então ser punido pela lei. Dessa forma, o discurso de ódio e o preconceito poderão, enfim, serem esquecidos na “terra de todo mundo, pois, a tolerância é sublime.