Enviada em: 07/10/2017

A configuração do mundo moderno dá maior visibilidade a um problema antigo da modernidade: O da intolerância. Tendo em vista, pois, a facilidade com que crimes de ódio são difundidos, via mídias digitais, cabe analisar as causas, assim como os desdobramentos de tal fenômeno, para, então, intervir adequadamente nesse grave problema social.    "Posto, logo existo", assim o sociólogo Bauman define a modernidade em seus livros. Observa-se, pois, com essa declaração a sinalização para a necessidade que alguns indivíduos têm de chamar a atenção para si, com publicações,  nas redes sociais, com conteúdos altamente ofensivos. Não  obstante, na medida em que autores de conteúdos criminosos recebem curtidas seus anseios são alcançados, retroalimentando, assim, o ciclo.   Consequentimente a tais fatos, outrora descritos, ocorrerá a materialização da intolerância apregoada virtualmente. Isso porque, os indivíduos adeptos a tais práticas  ( de insultos virtuais) se sentirão seguros para agir com violência já que percebem-se pertencentes a um grupo, logo, coesos. Somado a isso incorre a certeza de impunidade como grande propulsor de tais eventos. Não à toa, segundo telejornais nacionais, o número de agressões advindas de intolerância disseminada pela internet, está aumentado no Brasil.    Depreende-se, portanto, que apesar da intolerância ser um traço antigo da humanidade, esta ( a intolerância ) encontrou nas mídias digitais um modo eficaz  de se disseminar. Sendo assim, para arrefecer tais problemas é necessario a ação de agentes sociais. O Estado, no Brasil, por exemplo, via ministério da justiça deve instituir delegacias com o fim de receber denúncias e investigar crimes virtuais. Além disso, deve também criar tribunais específicos a julgarem tais crimes. Ademais, órgãos de alcance global, como a ONU, precisam lançar campanhas de cunho educativo que ensinem valores humanos como o da tolerância a diversidade. Por fim, escolas e a família, em todo o mundo e diariamente, devem ensinar preceitos de respeito à dignidade humana.