O Brasil hodierno vive o paradoxo de possuir uma democracia consolidada e avanços socioeconômicos, mas ainda apresenta discursos de ódio e intolerância nas redes sociais. Nesse cenário, a pluralidade étnico-cultural e a falta de leis mais rígidas , são fatores importantes que contribuem para o aumento das manifestações de violência no mundo virtual. O processo colonizador europeu imposto ao país, deu origem a uma sociedade miscigenada e oprimida. Entretanto, após a conquista da Constituição de 1988, o cidadão passou a expressar seus pensamentos e costumes que atualmente é realizado também nas redes sociais. Porém, essas, ao mesmo tempo que proporcionaram a aproximação de pessoas, fizeram ampliar os casos de violência na internet. Além disso, a falta de leis mais rígidas, favorece a sensação de impunidade aos agressores , que ao não se sentirem inibidos, continuam realizando agressões virtuais. Dessa forma, discursos racistas, homofóbicos e brigas políticas, são cada vez mais comuns na sociedade. Segundo dados da ONG Safernet, entre os anos de 2010 e 2013, houve um aumento de 200% no número de denúncias contra páginas com conteúdos racistas, xenofóbicos e de intolerância religiosa. Daí, números como esses demonstram que o ambiente virtual facilitou o indivíduo externar seus preconceitos dia-a-dia. Portanto, fica claro, que a liberdade de expressão tem sido utilizada para legitimar práticas violentas de ódio e intolerância nas redes sociais. Por isso, é necessário que o Ministério da Educação garanta recursos para que professores qualificados e famílias possam realizar debates nas escolas e em locais públicos. Além disso, o Poder Público deve ampliar os serviços de denúncia, proteção e amparo às vitimas de crimes virtuais. Dessa forma, além de reduzir a sensação de impunidade,será possível formar uma sociedade consciente de seus valores e tolerante.