Enviada em: 09/10/2017

De acordo com o filósofo francês, Jean Paul Sartre: "A violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota". Nesse sentido, a intolerância e os discursos de ódio proferidos contra as minorias em geral nas redes sociais, em pleno século XXI, mostram-se como um retrocesso e desrespeito ao direito de isonomia, conquistado legalmente, por meio da "Constituição Cidadã", promulgada em 1988 no Brasil.     Primeiramente, é importante salientar que o advento da Internet a partir da década de 90, trouxe vários benefícios para grande parte da população - encurtamento das distâncias, possibilidade de reencontros, disseminação de informações - todavia, a sensação de anonimato e segurança por estar atrás da tela do computador, favoreceu a disseminação virtual de discursos (presentes no cotidiano) preconceituosos e covardes.       Sabendo disso, cabe ressaltar que para Emile Durkheim, o corpo social tal como o corpo biológico precisa estar em equilíbrio para que mazelas não sejam instaladas. Sob essa ótica, o próprio meio virtual vem sendo utilizado como antídoto contra a "infecção" da intolerância que foi instalada. A composição da "receita" trata-se de aplicativos que monitoram postagens e campanhas contra crimes cibernéticos.        É notório, que a questão é complexa e de extrema relevância para o convívio democrático. Portanto, mais engajamento é necessário para resguardar o direito concebido por lei para todos os cidadãos. Por isso, a mídia deveria comprometer-se de forma mais assídua no âmbito de divulgação de campanhas - no horário nobre - para que informações sobre a gravidade da falta de tolerância e respeito ao próximo sejam disseminadas. Já o Ministério da Educação, poderia levar às escolas palestras proferidas por representantes das minorias, com o objetivo de esclarecer o quão diversificada é a população brasileira e a importância da convivência harmônica entre os grupos, pois conforme Clement Attle: "A democracia não é apenas a lei da maioria, mas a lei da maioria respeitando o direito das minorias".