Enviada em: 10/10/2017

É notório que a intolerância e os discursos de ódio nas redes sociais é uma consequência dos avanços tecnológicos. Dentre tantos fatores, as evidências dessa realidade podem ser vistas na facilidade fornecida pelo uso da internet e no descaso do Estado perante a problemática - sendo fato que se relaciona mais diretamente ao Brasil.       Em primeiro lugar, segundo Umberto Eco, filósofo italiano, a internet deu voz a todos, inclusive aos idiotas. Sob tal perspectiva, é visível notar que, a facilidade de acesso no uso das redes amplifica, principalmente, atos de intolerância e propagação de ódio. Em outras palavras, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, apenas entre 2010 e 2015, o número de famílias conectadas ao universo online aumentou, aproximadamente, 246%.       Além dos fatos apontados, a falta de monitoria e o descaso vigente das autoridades tem corroborado no impasse. Isto é, conforme uma pesquisa do Instituto de Tecnologia e Sociedade, o Brasil se encontra entre os dez piores países relacionados ao desenvolvimento e segurança online. Nesse sentido, nota-se que há fatores externos intensificando o problema. Logo, torna-se necessário a tomada de medidas para resolver a questão.      Sendo assim, é preciso que os indivíduos assumam, portanto, sua responsabilidade  perante a intolerância e os discursos de ódio nas redes sociais. Posto isso, cabe ao Ministério das Comunicações, em parceria ao Instituto de Desenvolvimento Tecnológico, elaborar algoritmos que bloqueiem e monitorem postagens impróprias, a fim de conter a proliferação dessas atitudes. Além disso, o governo Federal, em cooperação do Ministério da Fazenda, deve atuar iminentemente no investimento e incentivo aos profissionais da área online, dessa forma será possível controlar e extinguir tais adversidades. Somente assim, tirando pedras do meio do caminho, construir-se-à um Brasil melhor e tolerante.